Domingo, 07 Abril 2013 14:35

Projeto pode livrar moradores de 24 cidades do pagamento de pedágio

Quem mora ou trabalha no município onde há praça de cobrança pode ficar isento do pagamento. Proposta ainda depende da análise do Senado.

 

Dois anos depois de ser apresentado, o Projeto de Lei 1.023 chegou à Comissão de Constituição e Justiça do Senado para análise.

 

Ele beneficia quem mora ou trabalha nos municípios cortados por rodovias federais que têm praças de pedágio. Só no Paraná, 24 cidades serão contempladas se a lei entrar em vigor. As concessionárias são contra a mudança, mas podem pedir o reajuste da tarifa se houver prejuízo.

 

Quem tem moradia ou trabalho permanente nos municípios contemplados precisará se cadastrar no órgão municipal de trânsito e na concessionária. A proposta vale apenas para rodovias federais. Se um ano após a mudança as concessionárias identificarem desequilíbrio financeiro, podem pedir ao poder concedente (o governo estadual ou federal) o reajuste da tarifa proporcional ao volume de isenções. O projeto de lei prevê ainda que o prazo de concessão da rodovia seja ampliado.

 

O autor do projeto, deputado federal Espiridião Amin (PP-SC), classifica as praças de pedágio que dividem municípios como “caça-níqueis”. Para ele, a alteração não vai onerar as concessionárias. “As pessoas não vão passar mais pelo pedágio só porque não pagam, elas só vão continuar passando por necessidade.”

 

A Associação Brasileira de Concessionárias de Ro­­dovias (ABCR) divulgou nota na qual considera que a proposta está na “contramão” das discussões sobre a cobrança de pedágio, que incluem novas tecnologias para cobrar mais de quem mais usa o trecho pedagiado com o pagamento de acordo com a identificação dos quilômetros rodados.

 

O presidente da ABCR no Paraná, João Chiminazzo Neto, julga que o projeto de lei vai prejudicar os demais usuários, que terão de pagar tarifas mais caras como contrapartida as perdas com aqueles que serão isentos. “Eu vejo o projeto como uma medida eleitoreira”, diz. Segundo ele, às concessionárias não dispõem de levantamento sobre o fluxo de veículos de municípios lindeiros às praças.

 

O Paraná é loteado entre nove concessionárias, seis do contrato com o governo estadual e três com o governo federal. Segundo a ABCR, isenções foram concedidas em caráter excepcional na instalação das praças, em 1996, para algumas comunidades lindeiras aos locais de pedágio, como é o caso da isenção concedida pela Ecocataratas e pela Caminhos do Paraná. As demais concessionárias, inclusive as das concessões federais, seguem a previsão contratual de não cobrar a tarifa de veículos oficiais.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte - Gazeta do Povo

 

 

 

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