Líder do PL na Câmara dos Deputados nega desvios de verbas

O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, negou nesta sexta-feira (19) ter praticado qualquer ilícito relacionado a desvios de verbas de gabinete e disse que os R$ 400 mil em dinheiro vivo encontrados em sua residência são provenientes da venda de um imóvel. 

“Não tem nada de contrato ilícito. Não tem nada de lavagem de dinheiro”, afirmou o parlamentar em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados, referindo-se às suspeitas levantadas pela Polícia Federal (PF) em relação a contratos para o aluguel de carros para seu gabinete. 

Em relação ao dinheiro encontrado em um saco plástico dentro de um armário na casa de Sóstenes, o deputado disse que sua origem lícita será comprovada por seus advogados e que todo o caminho do dinheiro está registrado. 

Questionado, Sóstenes disse não se lembrar de quando o imóvel foi vendido ou há quanto tempo guarda o dinheiro vivo em casa. “Com essa correria de trabalho acabei não fazendo o depósito”, explicou o parlamentar.  “Ninguém pega dinheiro ilícito e bota dentro de casa ”, acrescentou o líder do PL. 

Ele também se negou a revelar onde fica o imóvel vendido, alegando a privacidade da transação. Sobre os carros alugados, ele afirmou que utiliza os veículos, razão pela qual não se poderia falar em lavagem de dinheiro. “O carro sempre esteve aqui, é só olhar as câmeras para buscar e ver se estou colocando algum contrato para ressarcimento ilícito”. 

Perguntado sobre a locadora contratada pelo gabinete, que parece não funcionar no endereço declarado nos contratos, Sóstenes respondeu não saber os detalhes sobre as contratações. “A única orientação que dou à minha equipe é para o preço baixo, não quero sobrepreço”, disse. 

O deputado disse que a investigação contra ele é “mais uma para perseguir quem é da oposição, quem é conservador, quem é de direita”. Segundo o  parlamentar, o objetivo é criar uma “cortina de fumaça” sobre casos ligados à esquerda, sobretudo com a aproximação das eleições de 2026. 

Entenda

Sóstenes Cavalcante foi alvo nesta sexta-feira da Operação Galho Fraco, que apura desvios no aluguel de carros com a cota parlamentar, verba destinada a pagar as despesas correntes de gabinete. 

Ao menos sete mandados de busca e apreensão pessoal, veicular e em imóveis foram cumpridos nas primeiras horas desta sexta-feira por agentes da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino. 

Relator da ação na qual a Polícia Federal investiga desvios de recursos de emendas parlamentares, Dino levantou o sigilo das investigações. A corporação apontou R$ 28,6 milhões em movimentações suspeitas nas contas de pessoas ligadas a Sóstenes Cavalcante, incluindo assessores atuais e antigos e familiares. 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Movimentações suspeitas envolvendo Sóstenes e Jordy somam R$ 28,6 mi

A Polícia Federal (PF) apontou ao Supremo Tribunal Federal a existência de R$ 28,638 milhões em movimentações suspeitas, sem justificativa plausível, em contas de assessores dos gabinetes dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), bem como funcionários do partido, entre outras pessoas próximas aos parlamentares.

As informações constam no relatório parcial, cujo sigilo foi levantado nesta manhã pelo ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo, e que embasou a Operação Galho Fraco, deflagrada pela PF nesta sexta-feira (19) tendo os parlamentares entre os alvos. Segundo informações preliminares, R$ 400 mil em dinheiro vivo foram encontrados pelos agentes em um dos endereços de Sóstenes, que é líder do PL na Câmara.  

Nesta sexta, os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão autorizados por Dino com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). As diligências incluíram busca pessoal, veicular e em imóveis de Jordy e Sóstenes. 

Segundo as investigações, os dois parlamentares são suspeitos de usar locadoras de veículo de fachada para desviar a cota parlamentar - verba a que cada congressista tem direito para pagar custear o funcionamento de seu gabinetes, incluindo despesas com o aluguel de frota de carros para deslocamento do deputado ou senador. 

Nas redes sociais, Jordy disse estar sendo perseguido por Dino e negou qualquer esquema ilegal. “Hoje, no aniversário da minha filha, a PF fez busca e apreensão novamente na minha casa por determinação de Flávio Dino [ministro do STF]. Perseguição implacável!”, escreveu.

Agência Brasil busca contato com o deputado Sóstenes Cavalcante ou sua defesa.  

Smurfing

De acordo com o relatório parcial da PF, além das quantias incompatíveis com a renda declarada, o que chamou atenção dos investigadores foi a realização de saques nunca superiores a R$ 9.999,00, indicando a “possível prática de lavagem de dinheiro conhecida por “smurfing”, que consiste em limitar o valor das transações para tentar burlar o monitoramento dos órgãos competentes. 

Os maiores montantes suspeitos foram movimentados por Adailton Oliveira dos Santos, assessor especial do PL. Pela conta dele passaram mais de R$ 11,4 milhões entre 2023 e 2024, quantia que “mostra-se incompatível com a capacidade econômica declarada do titular, considerando-se seu vínculo funcional e contexto familiar”, escreveram os investigadores. 

Já Itamar de Souza Santana, secretário parlamentar de Jordy, movimentou sozinho R$ 5,9 milhões. Ele também foi alvo de buscas nesta sexta-feira. 

Os investigadores afirmaram haver indícios de utilização de cota parlamentar para pagamento de despesas inexistentes ou irregulares. Além disso, foram anexados trechos de conversas no aplicativo WhatsApp que sugerem pagamento “por fora” por parte dos deputados. 

Além das buscas contra os deputados e mais três pessoas, com a respectiva quebra de sigilos telefônicos e telemáticos, Dino autorizou a quebra de sigilo bancário dos parlamentares e outras 12 pessoas físicas e uma pessoa jurídica. O ministro mandou ainda que informações de interesse sejam compartilhadas com a Receita Federal

 

 

 

 

 

Por - Assessoria

 Secretaria da Educação divulga resultado da consulta de diretores

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) publicou nesta quinta-feira (18) o edital 64/2025 - GS/Seed com a lista de profissionais aprovados na Prova de Habilitação “Consulta Diretores”, etapa que integra o processo de escolha de diretores das escolas estaduais. A votação ocorreu em 2 de dezembro, e a posse dos diretores designados por Processo de Consulta à comunidade escolar está prevista para ocorrer em 2 de janeiro de 2026.

Participaram como candidatos os professores e funcionários efetivos da rede estadual e também professores contratados em Regime Especial/PSS (esses somente nas escolas do campo e das ilhas, quando não houvesse servidor efetivo inscrito), que cumpriram todos os requisitos previstos nos editais, incluindo aprovação no curso de formação de gestores e na Prova de Habilitação.

A escolha dos diretores ocorreu por voto direto, secreto e facultativo, com participação de alunos a partir de 16 anos, pais ou responsáveis e servidores da escola. “A participação da comunidade escolar na escolha dos diretores fortalece o vínculo entre a escola e seu território, além de garantir lideranças preparadas para enfrentar os desafios do cotidiano escolar e promover um ambiente de aprendizagem cada vez mais acolhedor e eficiente”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

COMISSÕES – O processo é conduzido por comissões consultivas formadas por representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar entre eles, professores, funcionários, pais e alunos, sob coordenação das Comissões Consultivas Central e Regionais da Secretaria.

A definição dos novos diretores acontece a cada quatro anos, no segundo semestre do último ano do mandato vigente. Neste ano, participaram 1.452 candidatos habilitados a ocupar o cargo de diretor em 1.115 colégios da rede estadual de ensino.

Para a chefe do Departamento de Gestão Escolar (DGE), Neiva Niero, a gestão impacta diretamente no desenvolvimento dos estudantes. “Nós trabalhamos com uma gestão de resultados e voltada para a aprendizagem, sempre pensando nos estudantes”, afirma.

Para serem considerados habilitados, os candidatos passam por duas etapas eliminatórias. A primeira consistiu na participação e aprovação em curso de formação em gestão escolar. A segunda é a prova presencial sobre os conteúdos do Programa de Desenvolvimento de Liderança, realizada nos dias 19 de outubro e 5 de novembro.

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná tem 8 cidades entre as 100 maiores economias do Brasil; 353 municípios tiveram aumento do PIB

O Estado do Paraná tem oito cidades (Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu) entre as 100 maiores economias do País.

É o melhor resultado do Sul nesse recorte, superior aos cinco municípios de Santa Catarina e os três do Rio Grande do Sul. Naquele ano o Paraná também se consolidou como a quarta maior economia do Brasil. Os dados estão no estudo PIB dos Municípios 2022-2023, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Curitiba figura entre os dez maiores PIBs do Brasil, em sétimo, com R$ 120 bilhões em 2023. Dez municípios do Brasil responderam naquele ano por aproximadamente um quarto (24,5%) da economia brasileira: São Paulo (SP), com 9,7%, Rio de Janeiro (RJ), 3,8%, Brasília (DF), 3,3%; Maricá (RJ), 1,2%; Belo Horizonte (MG), 1,2%; Manaus (AM), 1,2%; Curitiba, 1,1%; Osasco (SP), 1,1%; Porto Alegre (RS), 1,0%; e Guarulhos (SP), 0,9%. Já a região conurbada da Capital do Paraná também é a sétima maior do Brasil, com PIB de R$ 232 bilhões, o que representa 2,1% do PIB nacional.

Além disso, 353 cidades do Paraná tiveram aumento do PIB entre 2022 e 2023. As dez principais foram Janiópolis (60,9%), Porto Amazonas (60,7%), Iporã (58%), Farol (57,3%), Mariluz (56,9%), Fênix (54,3%), Pérola d'Oeste (54,1%), Quarto Centenário (53,9%), Engenheiro Beltrão (51,5%), Jardim Olinda (49,7%) e Itambé (49%). Outras 13 cidades tiveram crescimento acima de 40% e 30 cidades, acima de 30%.

Outro indicador do estudo divulgado nesta sexta é que houve uma grande redução da desigualdade entre as economias municipais do Paraná nos últimos anos. Segundo os dados do IBGE, que contaram com a participação do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) na sua produção, o Índice de Gini do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios paranaenses atingiu 0,762 em 2023, abaixo, por exemplo, do resultado de 0,784 registrado em 2019.

O Índice de Gini varia de 0 a 1, sendo 0 a plena igualdade e 1 a máxima desigualdade. Ou seja, um índice em trajetória de queda representa uma geração de riqueza cada vez menos concentrada territorialmente. As dez maiores economias municipais do Paraná responderam por 52,7% do PIB do Estado em 2019, passando para 49,3% em 2023. Em outras palavras, as economias menores ampliaram seu peso nos últimos anos.

Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, esses números comprovam que a política de desenvolvimento do Estado é abrangente, não relegando a segundo plano os pequenos municípios do Interior. “A desconcentração econômica é tratada de forma prioritária nas políticas do Estado, isso fica evidente com programas como o Asfalto Novo, Vida Nova, o Rota do Progresso e o Casa Fácil Paraná, além do esforço para levar indústrias para cidades menores”, afirma. "O Paraná está crescendo de maneira integrada, o que tem um peso muito grande para o futuro".

Ulisses Maia, secretário do Planejamento do Paraná, ressalta que as grandes economias municipais estão territorialmente espalhadas no Estado, o que ajuda a potencializar cidades vizinhas. Isso acontece por meio das universidades, indústrias descentralizadas e a força dom campo, cada vez mais perto de alcançar Valor Bruto de Produção de R$ 200 bilhões em apenas um ano. “Essa condição otimiza a execução das ações de desenvolvimento e mostram que o Estado cresce de forma consolidada”, analisa.

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado reduz IPVA, impostos de produtos e serviços essenciais e incentiva empreendedores

O Paraná adotou uma importante e emblemática medida de justiça fiscal e tributária em 2025.

Provando ser possível cortar tributos no Brasil, o Estado reduziu a alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 45,7%, indo dos atuais 3,5% para 1,9% do valor venal dos veículos a partir de 2026 — um dos menores de todo o país.

Entretanto, a redução do IPVA foi apenas uma das várias medidas do tipo adotadas ao longo do ano. Isenção de ICMS em produtos e serviços essenciais, benefícios fiscais para setores estratégicos e a criação de um ambiente de negócios favorável para o pequeno e médio empreendedor marcaram 2025 e transformaram o Paraná em referência em como responsabilidade e boa gestão podem se reverter em impactos positivos para o cidadão.

Nesse caso, o IPVA é realmente o principal exemplo. O corte no imposto vai beneficiar mais de 3,4 milhões de proprietários de veículos em todo o Estado — cerca de 83% de toda a frota paranaense. Serão alcançados automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores.

O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, destaca que a redução vem na sequência de outra política importante adotada pelo Paraná em 2024. “No ano passado, o Estado isentou as motos de até 170 cilindradas, o que beneficiou principalmente entregadores e quem utiliza a moto para trabalhar. Agora, buscamos alcançar mais pessoas com essa medida de justiça tributária”.

Segundo ele, a redução do IPVA foi possível devido a uma série de fatores. Entre eles está a própria gestão fiscal do Estado, que fez cortes importantes para permitir entregar um corte de impostos ao cidadão. “Em 2025, adotamos políticas mais duras dentro do próprio Executivo, reduzindo as despesas não essenciais para tornar nosso orçamento mais eficiente. Economizamos com eventos, diárias e materiais do dia a dia para que o paranaense tivesse uma carga tributária menor em 2026”, detalha Ortigara.

Outro fator importante é a concessão de rodovias. Nos últimos dois anos, foram leiloados os seis lotes, que vão resultar em 3,3  mil quilômetros de estradas revitalizadas. “Com essas estradas pedagiadas, faz sentido que o cidadão pague menos impostos. Então estamos devolvendo esses avanços na forma de um menor IPVA. Aqui, levamos justiça tributária a sério”, conclui o secretário.

ICMS – As políticas tributárias de benefício direto ao cidadão adotadas pelo Paraná também envolveram o Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ao longo do ano, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) realizou várias alterações no tributo para beneficiar o paranaense. 

Uma dessas medidas foi a isenção do ICMS sobre a energia elétrica de hospitais públicos e beneficentes que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, as instituições passam a ter uma economia significativa em um dos seus principais custos operacionais — recurso que pode ser revertido para a compra de mais medicamentos, outros insumos básicos e investimentos. 

Na mesma linha, o Paraná também isentou a tributação sobre diversos medicamentos, dos mais complexos aos mais populares. Pacientes que fazem tratamento para hipertensão e outras doenças cardiovasculares vão encontrar o succinato de metoprolol, a partir de 1º de janeiro, com menor imposto. Além disso, outros seis medicamentos usados no tratamento contra o câncer também tiveram o ICMS zerado neste ano.

Já na mesa do paranaense, a comida continuou como uma das mais baratas do País. Um estudo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostrou que o Estado tem o maior número de itens da cesta básica isentos da cobrança de todo o Brasil. Dos 32 produtos da cesta mais consumidos pela população, 21 já são desonerados no Paraná. Esse ICMS zero inclui itens como carne bovina, suína, peixe, frango, ovos, queijos, arroz, feijão, frutas, verduras, café, açúcar, óleo de soja, entre outros. 

queijo e outros laticínios também entraram nessa lista. Em 2025, o Paraná aderiu ao convênio nacional que isenta o ICMS de produtos como queijo, requeijão e doce de leite — medida que busca valorizar a identidade cultural do campo e fomentar a produção artesanal local dos produtores rurais.

VANTAGENS AO EMPREENDEDOR – As políticas de justiça tributária alcançaram também o pequeno e o médio empresário. O Paraná fechou 2025 com uma alíquota efetiva média do ICMS de 2,39% para contribuintes optantes pelo Simples Nacional — valor abaixo da média nacional, que é de 2,81%.

Entre as medidas que puxam esse número para baixo estão a isenção integral do ICMS para negócios com faturamento de até R$ 360 mil ao ano, um incentivo que alcança mais de 190 mil empresas. Para quem fatura acima desse valor, a tributação do ICMS acontece apenas no valor excedente. 

Isso representa, na prática, mais condições para a abertura de novos negócios, gerando mais empregos e renda, além de movimentar a economia paranaense. O dado faz parte de um levantamento realizado pela Sefa a partir de informações gerais do Simples Nacional.

“O Paraná é o único estado que oferece esse tipo de benefício em todo o Brasil”, diz o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. Atualmente, segundo a pasta, mais de 88 mil empresas são atendidas por esse benefício adicional ao Simples. “É um incentivo a mais que apenas nós oferecemos no país pensando em apoiar o pequeno empreendedor”, finaliza.

 

 

 

 

Por - AEN

 Cerca de 95,3 milhões de pessoas recebem 2ª parcela do décimo terceiro

Cerca de 95,3 milhões de brasileiros recebem um dos principais benefícios trabalhistas do país nesta sexta-feira (19), quando termina o prazo para o depósito da segunda parcela do décimo terceiro aos trabalhadores com carteira assinada. A primeira parcela foi paga até 28 de novembro, conforme a legislação.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia neste ano. Em média, cada trabalhador deverá receber R$ 3.512, somadas as duas parcelas.

Essas datas valem apenas para os trabalhadores na ativa. Como nos últimos anos, o décimo terceiro dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi antecipado. A primeira parcela foi paga entre 24 de abril a 8 de maio. A segunda foi depositada de 26 de maio a 6 de junho.

Quem tem direito

Segundo a Lei 4.090/1962, que criou a gratificação natalina, têm direito ao décimo terceiro aposentados, pensionistas e quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 15 dias. Dessa forma, o mês em que o empregado tiver trabalhado 15 dias ou mais será contado como mês inteiro, com pagamento integral da gratificação correspondente àquele mês.

Trabalhadores em licença maternidade e afastados por doença ou por acidente também recebem o benefício.

No caso de demissão sem justa causa, o décimo terceiro deve ser calculado proporcionalmente ao período trabalhado e pago junto com a rescisão. No entanto, o trabalhador perde o benefício se for dispensado com justa causa.

Cálculo proporcional

O décimo terceiro salário só será pago integralmente a quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa. Quem trabalhou menos tempo receberá proporcionalmente.

O cálculo é feito da seguinte forma: a cada mês em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem direito a 1/12 (um doze avos) do salário total de dezembro. Dessa forma, o cálculo do décimo terceiro considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados.

A regra que beneficia o trabalhador, no entanto, pode prejudicá-lo no caso de excesso de faltas sem justificativa. O mês inteiro será descontado do décimo terceiro se o empregado deixar de trabalhar mais de 15 dias no mês e não justificar a ausência.

Tributação

O trabalhador deve estar atento quanto à tributação do décimo terceiro. Sobre o décimo terceiro, incidem tributações de Imposto de Renda, INSS e, no caso do patrão, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. No entanto, os tributos só são cobrados no pagamento da segunda parcela.

A primeira metade do salário é paga integralmente, sem descontos. A tributação do décimo terceiro é informada em um campo especial na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física.

 

 

 

 

POr - AgÊncia Brasil

 Ministério da Saúde intensifica vigilância do vírus da Influenza

Em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados ao vírus da Influenza A (H3N2), incluindo países da Europa e da Ásia, o Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância do vírus da gripe, em especial ao subclado K, que tem sido mais frequente nos Estados Unidos e Canadá.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram identificados até agora quatro casos no Brsail do subclado K, também chamado de vírus K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem.

A vigilância da influenza é feita a partir do monitoramento de casos de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). As ações incluem identificação e diagnóstico precoces, investigação e notificação imediata de eventos respiratórios incomuns, além do fortalecimento das medidas de prevenção e do acesso a vacinas e antivirais para grupos de risco.

“As vacinas disponibilizadas pelo SUS protegem contra formas graves da gripe, inclusive as causadas pelo subclado K. Os grupos mais vulneráveis ao vírus são os mesmos já contemplados como prioritários na campanha de vacinação. A hesitação vacinal, cenário observado em países da América do Norte, contribui para a maior circulação do vírus, especialmente em contextos de baixa adesão à imunização”, informa o Ministério. 

Além da imunização, o SUS oferece gratuitamente antiviral específico para o tratamento da gripe, indicado principalmente para os públicos prioritários, como estratégia complementar para reduzir o risco de agravamento dos casos. Aderir à  vacinação é a principal forma de prevenir casos graves e reduzir hospitalizações.

Subclado K

Até o momento, não há evidências de que essa variante esteja relacionada à maior gravidade dos casos. O que se observa é uma circulação mais intensa e antecipada em relação ao padrão esperado no hemisfério norte, o que resulta, consequentemente, em um aumento do número de internações.

Os sintomas são os já conhecidos da doença, como febre, dor no corpo, tosse e cansaço, com atenção para sinais de agravamento, como falta de ar e piora rápida do quadro.

A vacinação ofertada anualmente em todo o país é a principal forma de evitar casos graves e hospitalizações. Também são recomendadas medidas como o uso de máscara por pessoas com sintomas, higienização das mãos e ventilação adequada dos ambientes.

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Câmara decide cassar mandatos de Eduardo Bolsonaro e Ramagem

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu cassar os mandatos dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Os atos que determina a perda dos mandatos foram publicados nesta quinta-feira (18) em edição extra do Diário da Câmara dos Deputados.

Além do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), assinam as cassações o primeiro e segundo vice-presidentes, Altineu Côrtes (PL-RJ) e Elmar Nascimento (União-BA); e os primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários: Carlos Veras (PT-PE), Lula da Fonte (PP-PE), Delegada Katarina (PSD-SE) e Sergio Souza (MDB-PR).

Eduardo Bolsonaro 

A Mesa cassou o mandato de Eduardo Bolsonaro por faltas, devido ao fato de o deputado ter deixado de comparecer à terça parte das sessões deliberativas da Câmara dos Deputados, conforme prevê a Constituição. 

Em março, Eduardo Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos e pediu licença do mandato parlamentar. A licença terminou em 21 de julho, mas o parlamentar não retornou ao  Brasil e já acumulava um número expressivo de faltas não justificadas nas sessões plenárias.

Em setembro, Motta rejeitou a indicação do deputado para exercer a liderança da minoria na Casa, com o argumento de não haver possibilidade do exercício de mandato parlamentar estando ausente do território nacional.

Eduardo Bolsonaro também é réu em processo no STF por promover sanções contra o Brasil para evitar o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, pela trama golpista.

Ramagem

No caso de Ramagem, a cassação foi aplicada após o Supremo Tribunal Federal ter definido a perda de mandato no julgamento da tentativa de golpe de estado. Ele foi condenado a 16 anos de prisão. 

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, Ramagem está foragido em Miami, nos Estados Unidos. Desde setembro, Ramagem apresentava atestados médicos para justificar sua ausência na Câmara.

Após a descoberta da fuga, a Câmara informou que a Casa não foi comunicada sobre o afastamento do parlamentar do território nacional nem autorizou nenhuma missão oficial de Ramagem no exterior.

Repercussão 

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que recebeu uma ligação de Hugo Motta relatando a cassação. O deputado disse ainda considerar a decisão grave.

“Trata-se de uma decisão grave, que lamentamos profundamente e que representa mais um passo no esvaziamento da soberania do Parlamento. Não se trata de um ato administrativo rotineiro. É uma decisão política que retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas. Quando mandatos são cassados sem o voto dos deputados, o Parlamento deixa de ser Poder e passa a ser tutelado”, escreveu na rede social X. 

Já o líder da federação PT, PCdoB e PV, Lindbergh Farias (PT-RJ), comemorou a decisão afirmando que a cassação extingue a “bancada dos foragidos”. 

“Somados, os dois casos deixam um recado institucional inequívoco no sentido de que ou o mandato é exercido nos limites da Constituição e da lei, ou ele se perde, seja pela condenação criminal definitiva, seja pela ausência reiterada e pela renúncia de fato às funções parlamentares”, afirmou. 

Segundo Lindbergh, o mandato parlamentar não deve ser escudo contra a justiça e nem salvo-conduto para o abandono das funções públicas.

“A perda do mandato, em ambos os casos, constitui efeito constitucional objetivo que independe de julgamento discricionário ou político (artigo 55, parágrafo 3°, da CF). Como sempre defendemos, à Mesa coube apenas declarar a vacância, sob pena de usurpação da competência do Judiciário e violação frontal à separação dos Poderes, pois o mandato parlamentar não é escudo contra a Justiça e nem salvo-conduto para o abandono das funções públicas”, finalizou. 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil