Paraná retira carnes de aves cozidas da ST e aumenta competitividade do setor

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (3) o decreto nº 11.712/2025 que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária (ST). A medida era uma demanda do setor produtivo e deve aumentar a competitividade dos produtos paranaenses no mercado nacional, fortalecendo todo o setor.

As carnes de aves cozidas são apenas um dos diversos produtos que fazem parte da cadeia da avicultura do Estado e incluem, por exemplo, as embalagens de carne de frango desfiada. Embora o produto seja visto como uma pequena parcela da produção industrial do Estado, ela é considerada importante por agregar valor a um setor no qual o Paraná já é líder.

Segundo o decreto, a novidade passa a valer já a partir de janeiro. Esse prazo serve justamente para que a indústria se adeque às mudanças, integrando essas carnes ao regime regular do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Na ST, o recolhimento do ICMS não é feito pelo estabelecimento que vende o produto, mas diretamente na indústria de forma antecipada. Na prática, isso faz com que os comerciantes paguem para manter os produtos em estoque — o que faz com que os produtos paranaenses tenham dificuldade de competir com carnes de outros estados, em que a tributação já acontecia fora da ST. Com a mudança, eles arcarão com os custos tributários apenas no momento da venda efetiva.

Para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, esse é mais um movimento para potencializar a indústria e a economia paranaense. “Essa mudança é bastante significativa, pois torna as indústrias e as cooperativas do Estado mais competitivas em todo o Brasil, ainda mais em um setor em que já somos líderes, que é a produção de aves”, destaca. “É a gestão pública agindo para melhorar o ambiente de negócios”.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último trimestre, o Paraná produziu mais de 558,6 milhões de unidades de aves — o que corresponde a mais de um terço de toda a produção nacional.

Esse é o segundo movimento do gênero adotado pelo Paraná para fortalecer sua agroindústria. Em março, o Estado já tinha retirado as carnes temperadas da Substituição Tributária.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 IAT alerta para preservação da fauna silvestre durante período reprodutivo das espécies

A transição dos dias mais frios para a temporada de calor, entre a primavera e o verão, coincide com o período de reprodução de algumas espécies da fauna silvestre paranaense.

Por isso, o Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), reforça o pedido para que a população busque uma convivência pacífica com esses animais, que ficam naturalmente mais vulneráveis por se proliferarem rapidamente. São os casos do urubu-preto (Coragyps atratus), do carcará (Caracara plancus) e do gambá (Didelphis).

A fêmea do urubu-preto, por exemplo, costuma pôr cerca de dois ovos por ninhada, com incubação entre 32 e 39 dias. Em ambientes urbanos, chamados de antrópicos, essas aves buscam locais elevados e protegidos, como prédios e outras edificações. Por isso, é comum que a espécie seja vista próxima a janelas, varandas e telhados de apartamentos.

O carcará também busca pontos mais altos e protegidos para se reproduzir. Nas cidades, pode construir ninhos em varandas, floreiras e até caixas de ar-condicionado, aproveitando esses pontos para ter boa visibilidade e segurança na criação dos filhotes.

Bióloga da Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, Nathalia Colombo destaca que a orientação é que, ao encontrar um ninho dessas espécies, não se faça a retirada nem a realocação, uma vez que o manuseio é proibido por lei. Além disso, reforça ela, interferir no local pode provocar comportamentos defensivos nas aves. “Para evitar a aproximação, recomenda-se o uso de telas ou outras barreiras físicas, impedindo que os animais utilizem apartamentos e varandas para construir o ninho”, diz Nathalia.

“A recomendação é não incomodar as aves, animais protegidos por leis ambientais. A presença do ninho indica que o local foi considerado seguro. Caso os moradores se sintam ameaçados ou percebam risco, o ideal é acionar a secretaria municipal de Meio Ambiente, a Polícia Ambiental ou o Setor de Fauna do Instituto Água e Terra”, afirma a técnica.

GAMBÁS – No caso dos gambás, a fase reprodutiva faz com que as fêmeas fiquem mais lentas por terem de carregar os filhotes em uma bolsa natural localizada na região do abdômen, os marsúpios, o que aumenta a probabilidade de serem vítimas de acidentes, especialmente durante o dia, quando saem em busca de parceiros ou de alimentos, comumente em áreas urbanas, transitando em locais muitas vezes movimentados, urbanos. “Eles não atacam, não vão fazer mal nenhum. É necessário prezar pela convivência pacífica”, afirma Nathália.

Ela ressalta que esses mamíferos são essenciais para manter o equilíbrio do ecossistema, já que, ao se alimentarem de frutos, auxiliam na dispersão de sementes, o que contribui para o surgimento de novas árvores. Além disso, dentro do seu papel ecológico, se alimentam de espécies venenosas e peçonhentas como serpentes, escorpiões e aranhas, e têm a capacidade de comer milhares de carrapatos por semana.

INTERAÇÃO – A interação com qualquer espécie da fauna silvestre ou sinantrópica (animal que se adaptou a viver próximo aos humanos em ambientes urbanos) deve ser feita exclusivamente por profissionais habilitados. É proibido capturar, perseguir ou abater esses animais, assim como alimentá-los. Essa prática evita riscos de transmissão de doenças.

Ao perceber que o ninho representa algum risco ou ameaça, o procedimento ideal é buscar orientação especializada. Nesse caso, deve-se entrar em contato com o setor de Fauna do IAT ou com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). As denúncias podem ser feitas de forma anônima e segura por meio do telefone 181 (Disque Denúncia). Os órgãos poderão avaliar a situação e tomar as medidas necessárias para garantir a segurança tanto dos animais quanto da comunidade.

CRIA – Implementado em 2020, o Programa de Voluntariado para Cuidados e Reabilitação Intensiva de Animais Silvestres (CRIA) proporciona aos cidadãos interessados a oportunidade de auxiliar no cuidado de animais silvestres de forma adequada. O foco do voluntariado é o atendimento a filhotes órfãos de espécies que não oferecem riscos, com destaque para os filhotes de gambás.

O intuito do programa é estimular o voluntariado e a educação ambiental para a proteção da fauna nativa. Para participar, o interessado deve entrar no site do IAT, preencher o formulário e realizar um Curso EaD gratuito. É necessário, ainda, ser maior de idade, apresentar a carteira de vacinação atualizada e assinar os termos de compromisso. Para mais informações acesse AQUI.

 

 

 

 

Por - AEN

 Segunda superlua do ano poderá ser vista no Brasil por 3 dias

A segunda superlua de 2025 será nesta quarta-feira (5) e poderá ser vista em todo o Brasil e no exterior. O fenômeno ocorre quando a lua cheia está a menos de 360 mil quilômetros da terra, parecendo maior e mais brilhante do que o normal. A superlua do Castor, a maior e mais brilhante deste ano, permanecerá visível por três dias consecutivos.

O fenômeno poderá ser observado a olho nu em todo o Brasil, desde que as condições meteorológicas sejam favoráveis. Ele poderá ser observado sem a necessidade de telescópios ou equipamentos especiais.

O fenômeno acontece quando a lua cheia coincide com o perigeu, ponto de sua órbita em que está mais próxima da terra. O resultado é um satélite cerca de 14% maior e até 30% mais brilhante do que o normal.

Embora o termo superlua não seja usado oficialmente por astrônomos, ele se popularizou por traduzir de forma simples esse efeito visual que chama a atenção a cada ocorrência.

Horários

A melhor hora para apreciar o espetáculo será logo após o pôr do sol. Em São Paulo, o nascer da lua deve ocorrer por volta das 18h45; em Belém, às 18h14; e no Recife, às 17h28 — horários aproximados, que variam conforme a região e o fuso local.

Para aproveitar o momento, basta procurar um local com boa visibilidade do horizonte e torcer por um céu limpo. Nessa condição, será possível observar a lua a olho nu, mais próxima, brilhante e detalhada.

De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, o termo superlua é reconhecido “apenas quando ocorre durante a fase cheia, mas sempre que a lua percorre sua órbita em torno da terra, completando seu ciclo de fases, em algum momento ela estará no perigeu”.

Um mês depois, no dia 4 de dezembro, aparecerá a terceira e última superlua de 2025.

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Finep vai liberar R$ 1 bilhão em crédito para empresas

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) informou que, desde a última segunda-feira (3), empresas de qualquer local do país podem submeter propostas de projetos de inovação para obter recursos do novo ciclo de crédito descentralizado: o Inovacred.

Ao todo, serão disponibilizados R$ 1 bilhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomentar a inovação e ampliar a competitividade nacional.

Ao menos R$ 300 milhões serão destinados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Todos os projetos submetidos deverão ser contratados até 31 de dezembro deste ano.

Programa de financiamento reembolsável da Finep, o Inovacred utiliza recursos do FNDCT, sendo operado por cerca de 30 agentes financeiros no país, que estarão encarregados de avaliar, aprovar e acompanhar os projetos contratados, financiando itens como equipamentos, softwares, infraestrutura, mão de obra e serviços especializados para promover inovação em produtos, processos ou serviços em todo o território nacional.

Investimentos

“A liberação desses recursos em todo o Brasil é a materialização do compromisso assumido pela Finep e pelo governo federal de conferir robustez e regularidade nos investimentos em ciência, tecnologia e inovação no país, com oportunidades tanto nas localidades que concentram mais projetos quanto para o desenvolvimento regional”, assegura o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias.

O Inovacred segue atrativo com condições a partir de TR+6,068% a.a. e até 96 meses de prazo total, com 24 meses de carência e até 100% de participação da Finep.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Setor audiovisual protesta contra PL da regulação do streaming

Cineastas, roteiristas, produtores e técnicos do audiovisual protestaram nesta segunda-feira (3) em diversas capitais em defesa do cinema brasileiro independente.  Os atos, batizados de “Pega a Visão: Ato pelo VoD”, são contra o Projeto de Lei 8.889/2017, que propõe a regulação das plataformas de streaming no Brasil.

As manifestações ocorreram simultaneamente em frente à sede da Ancine, no Rio de Janeiro, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, e no Cine Walter da Silveira, em Salvador.

De acordo com o movimento, o relatório do deputado federal, Dr. Luizinho (PP-RJ), sobre o projeto “representa um risco histórico de desmonte da indústria audiovisual nacional”, por contrariar o parecer técnico da Ancine e os consensos construídos com a sociedade civil, e favorecer grandes empresas estrangeiras do setor.

O relator propõe Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) máxima de 4% para o streaming e 70% do valor pode ser usado pelas próprias plataformas em projetos próprios. O texto prevê ainda cota mínima de 10% de obras nacionais nos catálogos.

A cineasta Lúcia Murat, integrante do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Cineastas (Abraci), classificou o projeto como uma distorção das demandas históricas da categoria. 

"Isso transforma a regulação numa espécie de ‘Lei Rouanet para os streamings’. É uma loucura — dinheiro público para companhias estrangeiras. Não pode passar”, disse, acrescentando ser uma ameaça diretamente a autonomia criativa e a sobrevivência das produtoras independentes.

A produtora Clarissa Guarilha, responsável pelo premiado filme Levante, destacou o impacto do projeto sobre a cadeia produtiva.

Rio de Janeiro (RJ), 03/11/2025 – Produtores de cinema fazem ato em defesa do audiovisual brasileiro, contra o projeto de lei de regulação do streaming que tramita na Câmara dos Deputados, em frente à Agência Nacional do Cinema (Ancine). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 03/11/2025 – Produtores de cinema fazem ato contra o projeto de lei de regulação do streaming que tramita na Câmara dos Deputados, em frente à Agência Nacional do Cinema (Ancine). Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil

“Estão votando um projeto sem diálogo com quem faz o audiovisual. Isso afeta não só quem produz, mas todo mundo — quem trabalha, quem assiste, quem vive disso. O cinema independente é o que garante que nossas histórias sejam contadas por nós mesmos, sem depender de interesses de grandes corporações internacionais.”

Pesquisador do setor audiovisual, Pedro Butcher ressaltou que o texto atual não contempla as necessidades do mercado brasileiro.

"As plataformas ainda não contribuem para o desenvolvimento do setor, como todo o restante da cadeia faz. A falta de estabilidade e de financiamento ameaça o que conquistamos até aqui e pode levar a um grande retrocesso.”

São Paulo

Na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, o ato reuniu dezenas de profissionais. A cineasta Tatiana Lohmann, vice-presidente da Associação Paulista de Cineastas (Apaci), destacou que o texto “vem cheio de armadilhas e dubiedades”:

“As plataformas operam no Brasil sem transparência sobre lucros e remessas de receita. Esse PL precisa ser barrado para que possamos propor uma regulação justa", afirmou, citando que o Brasil é o segundo segundo maior mercado da Netflix no mundo, mas que é preciso regras claras para investimento dessas plataformas. 

A cineasta Laís Bodanzky reforçou a importância de garantir 20% de obras nacionais nos catálogos das plataformas.

“Elas [plataformas] podem produzir o que quiserem com dinheiro privado, mas não têm o direito de decidir o que o Brasil tem a dizer através do audiovisual”.

Representando a Associação Brasileira de Autores Roteiristas (Abra), Paulo Marcelo destacou que a regulação do streaming é essencial para manter o ecossistema do setor equilibrado. “O importante é garantir que a Condecine abasteça o FSA [Fundo Setorial do Audiovisual] e que a cota seja de produção brasileira independente, com os direitos patrimoniais nas mãos de empresas nacionais”

A Carta-Manifesto do movimento — assinada por nomes como Anna Muylaert, Gabriel Mascaro, Laís Bodanzky, Jorge Furtado, Marieta Severo, Matheus Nachtergaele, Daniela Thomas e Joel Zito Araújo — diz que o projeto fragiliza o financiamento público, reduz a alíquota da Condecine e “coloca o futuro da produção audiovisual à mercê de empresas estrangeiras, esvaziando o papel da Ancine e do Estado brasileiro”.

Segundo nota técnica da Ancine e do Ministério da Cultura (MinC), o relatório pode provocar uma redução drástica nos recursos do FSA e abrir brechas para autodeclaração de receitas, dificultando a fiscalização. Além disso, permitiria que empresas estrangeiras criassem “produtoras nacionais” controladas no país, enfraquecendo a independência do setor.

As 12,5 mil produtoras independentes brasileiras pedem o adiamento da votação e a retomada das premissas do texto anterior, relatado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que previa cota mínima de 20% de obras nacionais, Condecine de ao menos 6% e destinação prioritária dos recursos ao FSA.

O que diz o projeto

O projeto de lei prevê a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) de serviços de streaming, como plataformas de vídeo sob demanda (VoD). A proposta pode ser votada nesta semana na Câmara dos Deputados. 

O deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) tem dito que as alíquotas podem variar entre as plataformas de streaming e as redes sociais que compartilham vídeos.

No relatório, o parlamentar defende que o PL traz uma "proposição madura, que assegura equilíbrio entre um ambiente concorrencial justo, que estimula a livre iniciativa e a inovação tecnológica, e um ecossistema audiovisual dinâmico, que garante a soberania cultural, o desenvolvimento da produção de conteúdos brasileiros e regionais e a geração de emprego e renda no país".

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Ministério da Saúde intensificará mobilização contra dengue no Brasil

O Ministério da Saúde vai promover uma ação de mobilização nacional contra a dengue no próximo sábado (8). O objetivo é conscientizar gestores públicos, profissionais da saúde e a população em geral sobre a importância das medidas recomendadas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença.

“A gente age ao longo de todo o ano, mas agora é a oportunidade de voltarmos a chamar a atenção da população para evitarmos qualquer tipo de cenário, de crescimento do número de casos”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao anunciar a realização do Dia D contra a dengue. A iniciativa faz parte da campanha nacional “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, que o ministério lançou nesta segunda-feira (3).

“Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e orientação e identificar os pontos estratégicos a atacar nas cidades”, acrescentou o ministro.

De acordo com o ministério, em 2025, foram registrados, até o momento, 1.611.826 casos prováveis de dengue e 1.688 mortes. Ainda segundo a pasta, os resultados são, respectivamente, 75% e 72% inferiores aos do mesmo período de 2024.

Mesmo com a redução dos números, o ministro considera a situação alarmante. Principalmente porque, historicamente, os números de casos de dengue, zika e chikungunya costumam aumentar entre novembro e maio, quando as condições climáticas são mais favoráveis à proliferação do mosquito.

Além disso, outro dado preocupa os técnicos do ministério: o aumento do número de municípios brasileiros em estado de alerta para a dengue. Uma pesquisa realizada em agosto e setembro apontou que ao menos 30% das cidades já se encontravam nesta situação.

“O cenário exige atenção redobrada nos locais em alerta”, comentou o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Fabiano Pimenta, chamando a atenção para a importância da participação da população no enfrentamento ao mosquito.

Segundo Pimenta, mais de 80% das larvas do Aedes aegypti encontradas por agentes de combate a endemias que visitaram imóveis em 3,2 mil municípios estavam em ambientes domiciliares, em locais como vasos de plantas, pratinhos, garrafas usadas, bebedouros, pneus, entulho, lixo, sucata, caixas d´água, cisternas, filtros, barris, calhas, ralos, vasos sanitários sem uso, tanques em obras, piscinas, fontes ornamentais e até mesmo em folhas de bromélias, casas de coco e cavidades de árvores.

Até o momento, as cinco unidades da federação com maior número de casos prováveis de dengue são São Paulo (890 mil), Minas Gerais (159,3 mil), Paraná (107,1 mil), Goiás (96,4 mil) e Rio Grande do Sul (84,7 mil). De acordo com o ministério, o estado de São Paulo também tem o maior número de óbitos: 1.096, ou 64% das 1.688 mortes já confirmadas.

O ministério garante que medidas já estão sendo adotadas para, em conjunto com estados e municípios, preparar a rede de saúde para um eventual aumento do número de casos. Entre elas, o reforço na assistência, com equipes da Força Nacional de Saúde atuando em cidades com alta incidência da doença; instalação de centros de hidratação e a distribuição de insumos e equipamentos, incluindo larvicidas, testes e nebulizadores portáteis.

Vacina do Butantan

Para o ministro Alexandre Padilha, contudo, a maior aposta no enfrentamento à doença é a vacina que está sendo desenvolvida aqui mesmo, no Brasil, pelo Instituto Butantan, e que será produzida, em parceria, por um fabricante chinês. De acordo com o ministro, a expectativa é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o imunizante até o fim deste ano, para que as primeiras doses possam ser aplicadas já em 2026.

“Os estudos finais da Anvisa estão indo muito bem e o calendário que anunciamos em março deste ano vai ser cumprido: teremos o registro da vacina para dengue 100% brasileira até o final deste ano, para que possamos reforçar nosso Programa Nacional de Imunização já no ano que vem”, disse Padilha.

O ministro explicou que, após a aprovação da Anvisa, especialistas do Comitê Técnico do Programa Nacional definirão a melhor estratégia de imunização, incluindo critérios de distribuição. De acordo com ele, a previsão é que a farmacêutica chinesa WuXi Biologics produza e entregue para o Brasil 40 milhões de doses da vacina no próximo ano.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Com IA, rede estadual intensifica preparação de alunos para o Enem com o Redação Paraná

Com a proximidade do Enem 2025, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) intensifica o uso de recursos educacionais digitais para apoiar a preparação dos estudantes da rede estadual. Entre as inovações, destaca-se a ferramenta Redação Paraná, um ambiente digital que utiliza inteligência artificial para corrigir e orientar produções textuais, ajudando os alunos a aprimorar o desempenho em uma das etapas mais decisivas do exame.

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 serão realizadas nos dias 9 e 16 de novembro e contarão com mais de 4,8 milhões de inscritos em todo o País. Somente no Paraná, cerca de 195 mil estudantes se inscreveram – são mais de 72 mil concluintes do Ensino Médio da rede estadual que confirmaram participação.

A redação tem um peso decisivo na nota final do Enem. Candidatos que obtêm nota zero nesta etapa ficam impedidos de concorrer a vagas em universidades públicas e privadas pelo Sisu, Prouni ou Fies, mesmo que apresentem bom desempenho nas provas objetivas. Além disso, a nota da redação é considerada em programas de bolsas de estudo e intercâmbio, o que reforça a importância da preparação para essa etapa do exame.

FERRAMENTA – Desenvolvida pela Seed-PR, a ferramenta lançada em 2021 é o resultado da integração entre as equipes pedagógica e tecnológica da pasta, com o intuito de fortalecer o ensino da língua portuguesa e preparar os estudantes para os desafios das avaliações escolares e nacionais. O recurso digital realiza análises automáticas das redações, avaliando critérios como coesão, coerência, gramática e argumentação, e fornece feedbacks personalizados em tempo real, tornando o aprendizado mais dinâmico e autônomo.

Além de aperfeiçoar as habilidades de escrita dos estudantes, o Redação Paraná também oferece suporte aos professores, com relatórios e indicadores que facilitam o acompanhamento individual e coletivo do desempenho das turmas. “Essa integração entre tecnologia e prática pedagógica reforça o compromisso do Estado com uma educação pública moderna, inovadora e de qualidade”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

Em julho de 2025, o Redação Paraná foi aprimorado com a chegada da versão Redação 2.0, que incorporou uma inteligência artificial capaz de analisar aspectos linguísticos e argumentativos dos textos, oferecendo aos estudantes devolutivas mais detalhadas e construtivas.

A nova versão foi desenvolvida com base nos critérios aplicados no Enem, reforçando o alinhamento pedagógico da ferramenta com as práticas de avaliação oficiais, com oferta de um extenso banco de temas no formato exigido pelo Enem, tanto propostas já utilizadas quanto novas, elaboradas pela equipe pedagógica da Seed-PR.

"O Redação Paraná tem se mostrado essencial na preparação dos estudantes, oferecendo atividades orientadas e devolutivas automáticas baseadas nos mesmos critérios avaliativos do exame", explica a coordenadora de Educação Digital da Seed-PR, Lorena Pantaleão.

Segundo ela, a ferramenta garante um feedback individual aos alunos para apoiar o desenvolvimento de cada um deles. “O sistema de correção das redações é realizado por rubricas, que são específicas para cada gênero textual, permitindo uma análise detalhada das produções dos estudantes por meio de notas atribuídas a cada competência”, diz.

O recurso está disponível para todos os estudantes da rede, com mais de 833 mil usuários ativos. Em 2025, já foram concluídas mais de 4,6 milhões de redações na ferramenta, considerando todos os gêneros textuais. Deste total, cerca de 153 mil textos foram corrigidos com o apoio da IA.

FEEDBACK – De acordo com o setor responsável pelo Redação Paraná, o feedback de professores e estudantes tem sido positivo, devido à facilidade e rapidez na correção das redações elaboradas pelos estudantes.

Para a professora de Português Mayane Matos, do Colégio Estadual Cívico-Militar Gregório Szeremeta, situado no município de Reserva, a tecnologia modernizou bastante o processo, deixando-o mais rápido. A docente ressalta que a correção automática é uma aliada, pois faz uma triagem inicial.

“A inteligência artificial é uma parceira do professor e não uma substituta. A plataforma oferece dados técnicos importantes, mas é o professor que vai interpretar e contextualizar esses resultados. Eu consigo perceber que, muitas vezes, os textos dos alunos podem ter pequenos erros gramaticais, mas trazem ideias que vão muito além, ideias muito ricas que só o olhar humano mesmo consegue valorizar”, diz.

A educadora também fala sobre a evolução significativa na escrita dos seus alunos. Segundo ela, com o auxílio da ferramenta, os jovens passaram a organizar melhor as ideias, estruturando o texto com mais clareza e revisando as próprias produções. Ela cita que o feedback rápido e a possibilidade de acompanhar o próprio progresso geram mais autonomia e autoconfiança dos estudantes.

COMO ACESSAR – Com a iniciativa, o Paraná reafirma sua posição de destaque no cenário nacional em inovação educacional, mostrando que investir em tecnologia é investir em oportunidades, autonomia e desenvolvimento para toda a comunidade escolar. O Redação Paraná pode ser acessado neste link: https://redacao.pr.gov.br/.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Arranjo de pesquisa sobre erva-mate vai impulsionar inovações na cadeia produtiva

Com o objetivo de fortalecer e valorizar toda a cadeia produtiva da erva-mate no Paraná, foi lançado, nesta segunda-feira (3), o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Erva-Mate: Inovação e Valorização.

A iniciativa reúne universidades, centros de pesquisa e representantes do setor produtivo em torno de ações voltadas à adoção de sistemas de cultivo mais sustentáveis e eficientes, à otimização de processos industriais e à diversificação dos usos da matéria-prima. O investimento, de R$ 3,9 milhões, é do Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária.

O Paraná é o maior produtor nacional de erva-mate, que possui grande relevância econômica, social e cultural para o Estado. Nove municípios obtiveram a maior produção de erva-mate do Brasil em 2024, destacando-se São Mateus do Sul como a de maior volume extraído, com 17,2% do total nacional, e com a mesma produção do ano anterior. A extração de erva-mate, que se concentra na Região Sul, gerou o segundo maior valor da produção entre os produtos não madeireiros, com R$ 522,8 milhões, registrando redução de 11,3% na comparação com 2023.

Segundo a professora Vânia de Cássia Fonseca Burgardt, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e articuladora do NAPI, o projeto busca integrar toda a cadeia produtiva, da produção primária ao consumo final, promovendo inovação e maior competitividade.

“Queremos desenvolver formas de produção mais rentáveis, que permitam ao pequeno produtor obter um ganho maior. Além disso, buscamos reduzir contaminantes que dificultam a exportação, garantindo um produto de maior qualidade e valor agregado”, explica.

Há também estudos em andamento sobre os possíveis benefícios da erva-mate para a saúde. “Podendo ser benéfica para o coração, para o metabolismo do nosso organismo. A partir desses estudos clínicos, a gente pode indicar o uso da erva-mate, por exemplo, em medicamentos, na própria indústria farmacêutica”, comenta Vânia.

Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, o NAPI Erva-Mate é mais um passo para fortalecer a relação entre a universidade e a sociedade.

“Esse NAPI em particular chama muito a atenção pelo envolvimento da sociedade civil organizada. Ele conta com um grupo bem expressivo, o que para nós é uma satisfação, o fato dessa proximidade das universidades com quem utiliza as pesquisas, quem vai utilizar os resultados. É um NAPI diferenciado e voltado para entregas bem tangíveis”, afirma o diretor.

Outro foco importante do projeto é o uso da erva-mate como alimento. A iniciativa prevê o desenvolvimento de novas receitas e produtos alimentares com potencial de aceitação ampla, inclusive para inserção na merenda escolar. “A erva-mate é extremamente rica e versátil. Queremos ampliar seu uso na alimentação e promover cursos de capacitação para produtores e merendeiras, difundindo conhecimento e boas práticas”, acrescenta Vânia.

EIXOS DE ATUAÇÃO – O NAPI Erva-Mate será estruturado em quatro eixos temáticos principais. No eixo da produção primária, coordenado pela Embrapa Florestas, serão validados genótipos com características químicas e sensoriais diferenciadas. Serão realizados a implantação de sistemas de cultivo inovadores e estudo de viabilidade econômica.

Já o eixo de processamento é coordenado pela Unioeste e conta com apoio da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) e Embrapa Florestas, e visa otimizar processos industriais e desenvolver protocolos para classificação sensorial da matéria-prima.

“Hoje a erva-mate chega na indústria e não tem um direcionamento adequado de acordo com a qualidade que ela apresenta. Por isso, queremos também desenvolver protocolos para a indústria conseguir fazer essa classificação e direcionar, de forma mais assertiva, a nossa matéria-prima”, explica a professora Vânia.

“Por exemplo, essa matéria-prima que chegou nesse lote é melhor para chimarrão, é melhor para tererê. Isso também é um avanço muito significativo que vai agregar muito valor ao produto”, destaca.

O terceiro eixo de trabalho diz respeito ao produto e consumidor. Ele é coordenado pela UTFPR e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em cooperação com a Sustentec (instituição que agrupa produtores, técnicos e profissionais ligados ao desenvolvimento sustentável), e universidades internacionais, que farão estudos clínicos, caracterização sensorial, pesquisa com consumidores e desenvolvimento de novos produtos.

O último eixo, coordenado pela UTFPR com apoio técnico do IDR-Paraná, envolve a promoção de treinamentos e ações de devolutiva aos diversos segmentos da cadeia produtiva, além da elaboração do plano de comunicação do NAPI, voltado à disseminação dos resultados e inovações tecnológicas.

O setor produtivo, representado pela Associação de Produtores e Industriais de Erva-Mate (Apimate), atuará de forma colaborativa em todos os eixos, contribuindo com a validação prática das ações e com a transferência de tecnologia para o mercado.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Paraná e Peru discutem parceria para fortalecer promoção do turismo

O vice-governador Darci Piana se reuniu nesta segunda-feira (3), no Palácio Iguaçu, com o embaixador do Peru no Brasil, Rómulo Acurio, para discutir o fortalecimento da promoção do turismo entre o Paraná e o país sul-americano. Curitiba sedia, na noite desta segunda-feira (03), o lançamento da Peru Week Brasil, campanha promocional que incentiva os brasileiros a visitarem o Peru.

O evento está em sua 12ª edição e é organizado pela pela Comissão de Promoção do Peru para a Exportação e o Turismo (PromPeru) em diversos estados brasileiros. Entre 03 e 20 de setembro, a ação oferece passagens aéreas e pacotes de viagem a preços promocionais, além de cardápios gastronômicos especiais em restaurantes peruanos localizados em cidades do Brasil, inclusive na capital paranaense.

O Viaje Paraná, órgão de promoção do turismo do Estado, também planeja eventos semelhantes para divulgar os destinos paranaenses naquele País. Somado a isso, será retomada em dezembro a rota aérea entre Foz do Iguaçu e Lima, promovendo o intercâmbio de turistas entre dois dos principais destinos da América do Sul. Curitiba já conta com três voos semanais diretos até a capital peruana.

“É uma rota importante, porque pode trazer ao Paraná turistas estrangeiros, principalmente asiáticos, que viajam para o nosso continente tendo o Peru como porta de entrada”, afirmou o vice-governador. “Enquanto Foz tem as Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas da Natureza, Machu Picchu, no Peru, é um patrimônio da humanidade que muitas pessoas de fora têm interesse em conhecer. Então é muito interessante manter essa conexão entre essas maravilhas do nosso continente”.

“A Peru Week é uma campanha para todo o Brasil e o evento de lançamento acontece em Curitiba pela importância e o carinho que temos pela cidade e pelo Paraná. É uma ação junto com os restaurantes e agência de turismo para promover o Peru como destino turístico”, disse o embaixador Acurio. “Mas a ideia é também ajudar o Paraná e Curitiba a se promoverem no nosso país, do outro lado da América do Sul, aproveitando os voos diretos que já existem e conectam o Paraná ao Peru”.

Além da promoção turística, o Paraná também deve sediar, no ano que vem, uma rodada de negócios de empresas alimentícias paranaenses e peruanas. Também há o interesse de replicar em Lima o modelo de transporte coletivo curitibano, que é referência mundial.

 

 

 

 

Por - AEN

 Educação fará consultas para implementar novos colégios cívico-militares em novembro

A Secretaria de Estado da Educação publicou nesta segunda-feira (3) a lista dos 50 colégios que passarão por consulta para eventual adesão ao modelo cívico-militar a partir do ano letivo de 2026. Esse processo será realizado nos dias 17 e 18 de novembro e contará com envolvimento de toda a comunidade escolar: pais e responsáveis, alunos e professores.

As escolas ficam em 34 cidades: Curitiba, Apucarana, Sabáudia, Arapongas, Engenheiro Beltrão, Cafelândia, Cascavel, Vera Cruz do Oeste, Japurá, São Tomé, Assaí, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Marmeleiro, Guarapuava, Ivaiporã, Joaquim Távora, Abatiá, Laranjeiras do Sul, Loanda, Itaúna do Sul, Paiçandu, Maringá, Lobato, Antonina, Guaratuba, Paranaguá, Pontal do Paraná, Nova Esperança, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama e Pérola. Elas reúnem 21,3 mil alunos e foram selecionadas a partir de critérios técnicos pelo Departamento de Educação.

A regulamentação completa das consultas, com formato e regras de votação, e novas informações serão publicadas nos canais oficiais da Secretaria da Educação nas próximas semanas.

Implantado pelo Governo do Estado em 2021, o modelo cívico-militar é coordenado pela Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR) e combina a gestão civil com a presença de militares da reserva nas atividades administrativas e no apoio à rotina e organização escolar. O Paraná tem o maior número de colégios da rede do País, com 312, reunindo cerca de 190 mil estudantes – o programa foi inclusive ampliado com a descontinuidade do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Se todos os novos colégios votarem favoravelmente, serão 362 unidades com cerca de 211 mil alunos.

Na semana passada, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou a lei que autoriza a adesão das escolas de educação em tempo integral da rede estadual de ensino o modelo cívico-militar. Das 50 unidades selecionadas, 20 são da educação em tempo integral e também serão consultadas.

As últimas notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referentes a 2023, comprovam o sucesso da metodologia. As unidades de ensino deste modelo obtiveram índices de 5,43 nos anos finais do ensino fundamental e de 4,75 no ensino médio, superando a média estadual. Que foi de 5,3 no ensino fundamental II e de 4,63 no ensino médio. No comparativo com o Ideb de 2021, quando ainda funcionavam no modelo tradicional, 64% dos colégios cívico-militares elevaram a sua nota Ideb.

Outro destaque é a participação dos estudantes no programa Ganhando o Mundo. Dos 2 mil jovens selecionados para intercâmbio em 2025, 417 estão matriculados em colégios cívico-militares, o equivalente a 20,6% do total.

 

 

 

 

 

Por - AEN