Mauro Cid passa por audiência no STF e retira tornozeleira eletrônica

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, passou uma audiência nesta segunda-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) e retirou a tornozeleira eletrônica.

Durante a audiência, Cid recebeu as orientações que deverá seguir durante o cumprimento da pena de dois anos de prisão em regime aberto pela condenação na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista. O procedimento foi conduzido por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, Moraes determinou o início do cumprimento da condenação. Por ter assinado acordo de delação premiada durante as investigações, Cid não ficará preso.

O militar está proibido de sair de Brasília e deverá cumprir recolhimento domiciliar entre as 20h e as 6h. O recolhimento deverá integral nos finais de semana, ou seja, ele não poderá sair de casa.

Cid também está proibido de portar armas, utilizar as redes sociais e se comunicar com investigados nos processos sobre a trama golpista.

Por ter delatado os fatos que presenciou durante o período em que trabalhou com Bolsonaro, Mauro Cid passará usufruir dos benefícios da delação, deixará de usar tornozeleira eletrônica e poderá ter escolta de agentes da Polícia Federal para fazer a sua segurança e de familiares. Os bens dele também vão ser desbloqueados.

No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais cinco réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e respondia somente a três dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os recursos de Bolsonaro e demais acusados serão julgados pela Primeira Turma da Corte a partir do dia 7 de novembro.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Conexão Curitiba-Lisboa: Paraná terá voo para a Europa a partir de 2026

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e diretores da TAP Air Portugal anunciaram nesta segunda-feira (3) a criação da primeira rota aérea regular que ligará o Paraná à Europa. A empresa aérea portuguesa, principal companhia europeia em operação no Brasil, vai iniciar em 2 de julho de 2026 os voos entre a região de Curitiba e Lisboa, com três voos por semana saindo do Aeroporto Internacional Afonso Pena, com início das vendas de passagens em 11 de novembro.

“A nova rota da TAP reforça o protagonismo do Paraná no cenário global. Essa ligação direta com Portugal a partir de Lisboa vai impulsionar o turismo, facilitar a vinda de visitantes europeus e ampliar as oportunidades de negócios com a Europa”, afirmou Ratinho Junior. 

O governador também lembrou que o Estado vive um momento de expansão no setor. “Somente neste ano, o número de turistas internacionais cresceu 22,9%, consolidando o Paraná como o quarto principal portão de entrada de estrangeiros no Brasil. Esse voo da TAP é mais um passo no processo de internacionalização do nosso Estado”, acrescentou o governador.

O novo serviço internacional representa um marco histórico para o turismo e os negócios no Estado, o que promete ampliar o fluxo de turistas europeus para o Paraná, além de facilitar o facilitando o deslocamento de turistas e empresários paranaenses para o velho continente.

Os voos serão operados com aeronaves Airbus A330-200, que possuem capacidade para 269 passageiros. Eles seguirão o trajeto direto de Lisboa à Curitiba, com uma parada técnica no Rio de Janeiro no retorno à Capital Portuguesa. As partidas do Paraná serão às terças, quintas e sábados.

De acordo com Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a nova ligação reforça a estratégia da companhia de ampliar a presença no Brasil e fortalecer os laços entre os dois países. “O Brasil é um mercado estratégico para a TAP, e o Paraná passa a integrar essa rede de conexões com a Europa. Queremos aproximar ainda mais portugueses e brasileiros, oferecendo conectividade, conforto e eficiência”, disse.

DIVULGAÇÃO – Durante o anúncio, também foi assinado um protocolo de cooperação entre o Governo do Paraná – por meio do Viaje Paraná e Invest Paraná –, a concessionária Motiva Aeroportos, responsável pelo Bloco Sul de concessões, e a própria TAP Air Portugal. O objetivo é apoiar a divulgação da nova rota e promover o Paraná como destino turístico e de investimentos na Europa.

De acordo com o diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes, o Estado já prepara uma série de ações de promoção turística voltadas ao mercado europeu. Segundo ele, a estratégia inclui participação em feiras internacionais como a Feira Internacional de Turismo de Madri (Fitur Madri), a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL Lisboa) e a Internationale Tourismus-Börse Berlin (ITB Berlin), além de campanhas de comunicação e intercâmbio com influenciadores dos dois países.

“Vamos aproveitar essa nova conexão direta para ampliar a presença do Paraná na Europa, mostrando nosso potencial turístico e de negócios. Queremos atrair não apenas portugueses, mas também visitantes de outros países europeus, consolidando o Estado como um destino internacional”, comentou o diretor-presidente do Viaje Paraná. 

IMPULSO AO TURISMO – A nova rota se soma ao momento de expansão da malha aérea e do turismo internacional no Estado. Entre janeiro e setembro deste ano, o Paraná recebeu 826 mil turistas estrangeiros, um crescimento de 22,9% em relação a 2024, consolidando o Estado como o quarto que mais recebe visitantes internacionais.

Nos aeroportos de Curitiba e Foz do Iguaçu, o movimento somou 6 milhões de passageiros nos nove primeiros meses de 2025, alta de 8,3% sobre o mesmo período do ano passado. 

Apenas o Aeroporto Afonso Pena registrou 530 mil passageiros em setembro de 2025, um aumento de cerca de 7% em relação a setembro de 2024 (495 mil). O terminal de Foz do Iguaçu contabilizou mais de 184 mil passageiros, alta de 12% em relação às 164 mil pessoas no mesmo período do ano passado.

O voo da TAP se soma a outras operações recentes que ampliaram as conexões aéreas do Paraná. No fim de outubro, a Latam iniciou dois novos voos diretos a partir de Foz do Iguaçu, conectando a cidade na tríplice fronteira com São Paulo e Brasília, enquanto a Azul e a JetSMART seguem expandindo ligações internacionais a partir de Curitiba, fortalecendo o Estado como destino turístico e de negócios.

NA ROTA INTERNACIONAL – Nas conexões aéreas internacionais, o Paraná conta agora com oito voos, sendo três conquistados no ano passado. Além de Lisboa, o Aeroporto Afonso Pena já conta com duas rotas para Santiago (Chile) e uma para Buenos Aires (Argentina), Lima (Peru), Assunção (Paraguai) e Montevidéu (Uruguai). Foz do Iguaçu também conta com uma conexão com Santiago.

Para ampliar as conexões internacionais, o Governo do Estado também tem participado ativamente do projeto de construção da terceira pista no Aeroporto Afonso Pena, que é conduzido pela concessionária Motiva. A iniciativa, prevista para ser concluída até o fim de 2026, permitirá receber mais aeronaves de grande porte e viabilizar novas rotas internacionais, reforçando a infraestrutura do Estado para o crescimento do turismo e do comércio exterior.

Recentemente, a Motiva também concluiu a homologação da pista ampliada do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Com 2.700 metros de comprimento, ela tornou-se a maior pista da região Sul do Brasil. 

Segundo a diretora de Negócios da Motiva, Monique Henriques, a nova rota da TAP consolida um objetivo antigo da concessionária. Ela ressaltou que o projeto da terceira pista vai ampliar ainda mais a capacidade operacional e abrir caminho para novas conexões internacionais. 

“Essa é uma conquista importante não só para Curitiba, mas para todo o Paraná. A nova pista vai permitir a chegada de mais companhias e rotas de longo curso, fortalecendo o turismo e a conectividade com outros estados e países”, declarou Monique. 

 

 

 

 

 

 

Por -AEN

 BC muda regras para acabar com contas bancárias fraudulentas

O Banco Central (BC) alterou regras sobre o encerramento compulsório de contas bancárias sem respaldo ou em desacordo com a regulamentação, incluindo as chamadas contas-bolsão.

Elas são contas abertas por fintechs em bancos tradicionais, ou seja, operam em nome de terceiros com o objetivo de ocultar a identificação ou substituir obrigações dos clientes e podem ser utilizadas para fraudes, por exemplo.

As fintechs são empresas de inovação que se diferenciam pelo uso da tecnologia para oferecer serviços financeiros digitais. Em agosto desse ano, Receita Federal também estabeleceu que as fintechs devem estar sujeitas às mesmas regras dos bancos, no que se refere à obrigação de fornecer informações que levem ao combate a crimes, como lavagem de dinheiro.

“Quando a gente está falando de prevenção a fraude, de prevenção ao uso do sistema [financeiro] pelo crime organizado, não tem bala de prata, mas nós temos o compromisso, obviamente, de entender onde nós podemos atuar para fortalecer, continuadamente, a higidez e integridade do sistema financeiro”, disse a diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Izabela Correa.

A partir de agora, as instituições bancárias terão a obrigação de adotar critérios para identificar essas contas irregulares, como as contas-bolsão, podendo se utilizar de dados armazenados em bases públicas ou privadas. O BC explicou que, então, os bancos deverão encerrar as contas após comunicação aos clientes.

Brasília (DF) 04/07/2023 Sabatina dos economistas Gabriel Muricca Galípolo e Ailton de Aquino Santos, na comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
Brasília (DF) 04/07/2023. Para o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos, as mudanças não são barreira para a inovação e entrada de fintechs no sistema financeiro. Foto-arquivo Lula Marques/ Agência Brasil. - Lula Marques/ Agência Brasil

O diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, ressaltou, entretanto, que há contas-bolsão legítimas, como contas de instituições de pagamento e de marketplace, por exemplo. “Essa norma para mim é uma norma de enfrentamento aos comportamentos ilícitos, quiçá criminosos, perpetrados no sistema financeiro nacional”, disse.

“A conta-bolsão, a utilização ilegal dessa prática não autorizada, eu não consigo acreditar que entidades autorizadas pelo Banco Central possam vender serviços de contas blindadas. Isto para mim é um desvirtuamento. Mas a gente também não pode demonizar o conceito de contas-bolsão”, acrescentou.

A nova regra entra em vigor em 1º de dezembro de 2025 e a documentação relacionada às contas de encerramento compulsório deve permanecer à disposição do Banco Central por, pelo menos, 10 anos.

As novas normas sobre finalização de contas estão publicadas no site do BC: Resolução CMN nº 5.261 e Resolução BCB nº 518​.

Limite mínimo

O BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) também publicaram normas que tratam da nova metodologia de apuração do limite mínimo de capital social e de patrimônio líquido das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. O objetivo é garantir que bancos e fintechs tenham recursos suficientes para absorver riscos e operar de forma segura.

A nova regulamentação mira nas atividades efetivamente exercidas pelas instituições para definir o capital mínimo necessário, e não mais o tipo específico de instituição. Além disso, a metodologia prevê uma parcela do capital mínimo para cobrir o custo inicial da operação e os custos associados aos serviços intensivos em infraestrutura tecnológica.

Por fim, a nova regulação requer uma parcela adicional de capital às instituições que utilizem em sua nomenclatura a expressão ‘banco’ ou qualquer termo que o sugira, em português ou em outro idioma.

Os normativos entram em vigor imediatamente. No entanto, para que as instituições já em operação — ou aquelas em análise pelo BC — possam se ajustar às novas regras, foi definido o seguinte cronograma de transição que vai até dezembro de 2027.

O diretor Ailton de Aquino afirmou que as mudanças não são barreira para a inovação e entrada de fintechs, mas visam reforçar a resiliência do sistema financeiro.

“Eu não acredito numa IP [instituição de pagamento] com o capital inicial de R$ 1 milhão para fazer face à necessidade de tecnologia de contratar auditor, de montar uma boa estrutura. Eu acho que trazer este número por volta de R$ 9 milhões a R$ 32 milhões, operando com Pix, é algo que eu entendo como é bastante importante nesse momento”, disse, informando que há quase 300 IP autorizadas pelo BC a operar.

“Nós vivenciamos, nos últimos meses, situações desagradáveis no sistema financeiro nacional [como invasão e perda de valores]. Isso aqui é uma resposta, é um processo evolutivo, mas também uma resposta para isso”, reforçou. Segundo ele, por exemplo, o capital inicial de corretoras passou de R$ 245 mil para R$ 8 milhões.

Do universo de 1,8 mil entidades bancárias, cerca de 500 serão impactadas e terão que reforçar suas estruturas de capital.

As normas sobre capital social também estão no site do BC: Resolução Conjunta nº 14 e Resolução BCB nº 517.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 STF marca julgamento de denúncia contra Eduardo Bolsonaro por coação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, entre os dias 14 e 25 de novembro, se recebe ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no curso do processo. O julgamento será em ambiente virtual. 

Nessa fase, a Primeira Turma vai decidir se abre uma ação penal contra Eduardo, tornando-o réu. Se isso ocorrer, ainda deverá ser realizada uma instrução processual, na qual acusação e defesa terão oportunidade de apresentar suas provas e inquirir testemunhas.

Eduardo foi acusado de tentar intimidar o Supremo a arquivar a ação em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado a 27 anos e três meses por tentar um golpe de Estado, entre outros crimes relacionados. 

Segundo a denúncia, Eduardo promove abertamente uma campanha para que o governo dos Estados Unidos aplique sanções contra autoridades judiciais brasileiras, de modo a intimidá-las a não condenar seu pai. 

Desde que foi para os Estados Unidos, em março, alegando perseguição política do seu clã, o deputado vem divulgando uma agenda de reuniões com integrantes do governo do presidente estadunidense Donald Trump. 

Neste ano, Trump decidiu impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, dando entre as justificativas o que vê como uma perseguição política a Bolsonaro. A Casa Branca também cancelou os vistos de ministros do Supremo e do procurador-geral da República, Paulo Gonet. 

Defesa

Neste caso, como Eduardo não constituiu advogado, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, ordenou que a Defensoria-Pública da União (DPU) fizesse a defesa do parlamentar. 

Na sexta-feira (31), a DPU pediu a rejeição da denúncia, argumentando que o deputado não é autor das sanções e que suas manifestações são “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

Eduardo foi denunciado junto com o jornalista Paulo Figueiredo, que constantemente o acompanha nas agendas em Washington, mas o caso dos dois acabou tendo andamentos diferentes devido à dificuldade de intimar o blogueiro, que mora nos Estados Unidos há pelo menos 10 anos. 

Na semana passada, Moraes determinou que Figueiredo seja intimado por meio de carta rogatória, procedimento mais demorado que depende da atuação em várias etapas por parte de diplomacia e do judiciário dos EUA.  

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Brasil reduziu 16,7% emissões de gases do efeito estufa em 2024

O Brasil emitiu 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e) ao longo de 2024, registrando queda de 16,7% nas emissões brutas de gases do efeito estufa, em relação ao ano anterior, quando foram emitidas 2,576 GtCO2e. A diminuição é de 22%, quando consideradas emissões líquidas, que descontam a captura de carbono por florestas secundárias e áreas protegidas.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pela rede Observatório do Clima, na 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que traz um panorama do ano de 2024 a partir do inventário de cinco grandes setores: mudança de uso da terra, agropecuária, energia, processos industriais e resíduos.

A queda registrada no último ano é a maior dos últimos 16 anos e a segunda mais significativa da série histórica iniciada em 1990, quando os dados revelaram uma diminuição de 17,2% na população climática.

Na avaliação de Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, o resultado positivo posiciona bem a liderança brasileira na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que se inicia no próximo dia 10 de novembro.

“Dificilmente teremos dentro do G20 [países mais ricos] ou dentro dos dez maiores emissores, países chegando na COP30 com um número de redução total das suas emissões, tal qual esse número que a gente está apresentando agora.”

Quando consideradas as emissões brutas por setor, do total de 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente em 2024, a mudança de uso da terra respondeu por 42%, agropecuária foi responsável por 29%, o setor de energia emitiu 20%, enquanto os resíduos e os processos industriais foram responsáveis por 5% e 4% respectivamente.

No Brasil, o setor de mudança de uso do solo é o maior responsável pelas emissões desde o início da série histórica. Em 2024, o setor foi responsável pela emissão de 906 milhões de toneladas de CO2e, sendo que 98% desse total tem origem no desmatamento.

Segundo a pesquisadora Bárbara Zimbres, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), desde 2022, o setor tem observado queda nas emissões decorrente do aumento do controle do desmatamento.

“No último ano a gente teve a maior queda nas emissões brutas de 32%”, destacou.

A Amazônia registrou a queda expressiva com redução de 41% nas emissões de gases do efeito estufa e o Cerrado também reduziu em 20% a poluição climática, mas o Pantanal foi o bioma com a queda mais expressiva de forma proporcional ao seu território, com redução de 66%. Apenas o Pampa aumentou as emissões no últmo ano, com crescimento de 6%.

Em 2024, o setor de agropecuária também registrou queda de 0,7% nas emissões de gases do efeito estufa, enquanto que os demais setores aumentaram o volume de poluição climática, registrando aumentos de 0,8% em energia, 2,8% em processos industriais e 3,6% em resíduos.

No recorte por estado, Rondônia, Pará e Mato Grosso foram os campeões na redução de emissões brutas, com redução de 65%, 44% e 44% respectivamente. Apenas Minas Gerais, Piauí, Roraima, Rio Grande do Sul e Sergipe registraram aumento nas emissões de 2024, em relação ao ano anterior.

Emissões líquidas

O total de emissões líquidas do Brasil, em 2024, foi de 1,49 GtCO2e, quando consideradas as remoções por áreas protegidas e florestas secundárias. Isso leva o setor de uso da terra a registrar uma queda ainda maior de 64% no total das emissões, com redução de 685 milhões para 249 milhões de toneladas de CO2 equivalente entre 2024 e 2023.

A queda reposiciona o setor em segundo lugar de emissões líquidas no país, respondendo por 17% do total em 2024, enquanto que a agropecuária, passa a ser responsável por 42% da poluição líquida do Brasil, no último ano.

Queimadas

No SEEG, as queimadas não são associadas ao desmatamento, que não chegam a caracterizar mudança no uso do solo, entram em um estudo a parte, não contabilizados no inventário.

“O Brasil queimou inteiro, em quase todos os biomas houve aumentos expressivos na área queimada em 2024. Isso refletiu no aumento de duas vezes e meia nas emissões líquidas por fogo no Brasil nos biomas”, destaca Bárbara Zimbres.

De acordo com a pesquisadora, se esse processo entrasse para o inventário de emissões haveria de 20% a 30% nas emissões líquidas dos últimos 10 anos. “Em 2024 chegou a quase 100% das emissões líquidas, então se [as queimadas] fossem contabilizadas, a gente veria as emissões líquidas no setor de uso do solo dobrarem”.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Bancos promovem mutirão para negociar dívidas bancárias em atraso

Consumidores que têm dívidas no cartão de crédito, cheque especial, consignado e outras modalidades de crédito contraídas de bancos e instituições financeiras e que queiram negociar esses débitos têm até o próximo dia 30 para participar do Mutirão de Negociação e Orientação Financeira.

Mais de 160 instituições participam da ação, além de parceiros como o Banco Central, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons. Financiamentos de veículos, motocicletas e imóveis não entram no mutirão.

As negociações poderão ser feitas diretamente com as instituições participantes em seus canais oficiais ou pelo portal ConsumidorGovBr, um serviço público e gratuito que conecta consumidores e empresas para que encontrem alternativas para conflitos de consumo.

Para solicitar a negociação pela plataforma é necessário que o consumidor tenha conta Prata ou Ouro no aplicativo Gov.br. Podem ser negociadas dívidas desde que estejam em atraso e não tenham bens dados em garantia, ou prescritas.

Segundo a Febraban, o mutirão é uma oportunidade para negociar os débitos em condições especiais, como parcelamento, descontos no valor total da dívida ou taxas de juros reduzidas para refinanciamento.

Também será possível solicitar apoio presencial aos Procons que aderiram ao mutirão para negociar diretamente nos canais digitais dos bancos.

“Para as pessoas superendividadas o fluxo de negociação é diferente, pois exige um maior entendimento das dívidas e apoio do Procon para criação de um plano de pagamento”, explica a entidade.


Adesão

Todas as informações sobre o mutirão, assim como a relação completa das instituições participantes e os canais oferecidos pelos bancos para a negociação das dívidas, estão disponíveis na plataforma Meu Bolso em Dia Febraban. Para aderir ao mutirão é possível acionar diretamente o canal digital do seu banco.

Outra maneira de aderir é fazer o cadastro no site www.consumidor.gov.br, fazer o login, selecionar a instituição com a qual deseja negociar e seguir as orientações. A empresa tem até dez dias para analisar e responder sua solicitação.

Para verificar se tem dívidas em atraso, o consumidor pode acessar um relatório atualizado mantido pelo Banco Central, chamado Registrato.

Se a dívida não for com uma instituição financeira, é possível procurar o Serasa, que também promove o Feirão Serasa Limpa Nome, por meio do qual o consumidor tem a oportunidade de quitar dívidas não bancárias em atraso, e com descontos, contraídas de empresas de varejo, telecomunicações, concessionárias de energia, saneamento, universidade e financeiras.

Outra possibilidade é negociar as dívidas atrasadas nas agências dos correios participantes do feirão.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Frio fora de época: outubro registrou até 2°C abaixo da média histórica no Paraná

O que a população do Paraná sentiu ao longo de outubro foi constatado pelos dados das estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). As temperaturas médias do mês ficaram até 2°C abaixo da média histórica. Já o volume acumulado de chuva, que deu a impressão de ter sido historicamente alto por conta da chuva constante ao longo do mês, ficou abaixo da média em mais da metade das estações. 

Como a média de chuva para outubro é muito alta, entre as 43 estações meteorológicas do Simepar que possuem mais de cinco anos de operação, 25 registraram volume de chuvas abaixo da média histórica, e 18 acima da média para o mês. O destaque fica para Jaguariaíva, onde o acumulado de chuva médio para outubro é de 168,3 mm e choveu apenas 42,8 mm; e para Altônia, que registrou 118 mm de chuva acima da média histórica para outubro. 

Cornélio Procópio, Guaíra, Maringá e Paranaguá atingiram a média histórica de acumulado de chuva para outubro 11 dias antes de o mês acabar. Um dos fatores que influenciou a situação da chuva no décimo mês do ano foram vários sistemas meteorológicos de média escala, ou seja, tempestades que duram poucas horas, causando muitos transtornos para a população, que são características da primavera.

Mas não apenas isso. “Houve também a passagem de algumas frentes frias pelo oceano Atlântico, que favoreceram transporte de umidade, contribuindo para a intensificação desses sistemas de tempo severo”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. “Outro fenômeno que atuou ao longo do mês foi a oscilação Antártica, que quando está na sua fase negativa favorece com que os sistemas frontais sejam mais frequentes sobre o Sul do País”.

O mês também foi marcado por fortes rajadas de vento. No dia 16, por exemplo, as rajadas chegaram a 110,5 km/h em Cascavel, às 16h. Em Nova Tebas (INMET), por volta das 19h do mesmo dia, foi registrada uma rajada de 103,7 km/h.

MÊS FRIO – Com relação a temperaturas, a maior diferença do Estado foi em Cascavel, que tem média para outubro historicamente de 21,6°C e registrou apenas 19,5°C em 2025, ou seja, uma temperatura dois graus abaixo da média.

Outras cidades tiveram a temperatura média entre 1°C e 2°C abaixo da média para o mês: Altônia, Antonina, Apucarana, Capanema, Cerro Azul, Cianorte, Cornélio Procópio, Guarapuava, Irati, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Jaguariaíva, Lapa, Laranjeiras do Sul, Loanda, Maringá, Palmas, Palotina, Paranavaí, Pinhão, Guaraqueçaba, Santa Helena, Santo Antônio da Platina, São Miguel do Iguaçu, Toledo e Ubiratã.

“Tivemos a atuação de algumas massas de ar frio sobre o Sul do País, o que não é muito comum para essa época do ano. Elas também foram favorecidas pela oscilação Antártica. Isso culminou na diminuição dos dias quentes, que são mais característicos dessa época do ano. Esse reflexo foi sentido no dia a dia, e os números comprovam”, ressalta Kneib.

Cornélio Procópio registrou 10,4°C no dia 20, a temperatura mais baixa para outubro desde a instalação da estação na cidade, em 2018. No mesmo dia, Laranjeiras do Sul teve 8,3°C, a menor temperatura já registrada na estação no mês de outubro desde a instalação, em 2017.

No dia 19, o distrito de Horizonte, em Palmas, teve 4,7°C, a temperatura mais baixa para outubro desde a instalação da estação, em 2019. Já Santo Antônio da Platina, no dia 20, teve 10,1°C de mínima: a mais baixa desde o início da série histórica, em 2019. Outras doze estações meteorológicas tiveram as temperaturas máximas mais baixas da série histórica para o mês, indicando que as temperaturas não subiram muito ao longo do dia. 

Com tantos dias frios, fica até difícil lembrar que o mês começou com calor. No dia 5 foi registrada a temperatura mais alta de 2025 até o momento nas estações meteorológicas do Simepar em Apucarana (34,1°C), Campo Mourão (35,7°C), Cianorte (35,6°C), Cornélio Procópio (35,6°C), Loanda (39,5°C), Londrina (36°C), Maringá (36,4°C), Paranavaí (37,8°C), Santo Antônio da Platina (36°C), São Miguel do Iguaçu (37,5°C), Toledo (36,6°C), Ubiratã (35,9°C) e União da Vitória (33,4°C).

A temperatura de Loanda naquela data foi a segunda mais alta em todo o Paraná em 2025 até o momento. Só perde para os 42,5°C registrados em Capanema em 27 de abril. Entre as estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), também foi registrada a temperatura mais alta do ano em Cidade Gaúcha (37,8°C), Japira (34,3°C) e Joaquim Távora (36,6°C).

CHUVA E FRIO COMBINADOS – Os fenômenos meteorológicos em outubro atingiram com mais intensidade as regiões do Interior do Paraná. “No Centro-Leste, principalmente na Região Metropolitana e Litoral, o maior impacto foi de sistemas frontais, que são as frentes frias que ficaram estacionadas por vários dias consecutivos sobre esses setores do Estado”, detalha Kneib. 

Curitiba, por exemplo, teve apenas nove dias sem chuva durante todo o mês de outubro (e alguns deles, mesmo sem chuva, estavam nublados). Já a estação meteorológica de Antonina ficou com o pluviômetro zerado em apenas sete dias de outubro. Em Paranaguá, foram apenas seis dias sem chuva no mês. 

Durante o mês de outubro, a Capital passou mais de 78 horas com temperaturas máximas abaixo de 15°C em plena primavera. Às 3h45 do dia 7 Curitiba registrou 14,9°C. No dia 8 a temperatura máxima foi de 11,9°C. No dia 9 a temperatura máxima foi de 14,2°C. Às 10h45 do dia 10 a cidade atingiu 15°C novamente. A máxima do dia 10 foi de 15,7°C e no dia 11, com algumas aberturas de sol e sem chuva, os termômetros registraram máxima de 21,2°C.

Essas temperaturas máximas em Curitiba estão entre as mais baixas já registradas no mês de outubro desde 1997, quando foi instalada a estação meteorológica do Simepar na Capital. As mais baixas para o mês foram 10,1°C em 03/10/1999, 11°C em 04/10/1999, 11,9°C em 03/10/2010 e 11,9°C em 08/10/2025.

Estações meteorológicas que terminaram outubro com o volume de chuvas abaixo da média:

Estação / média histórica / quanto choveu

APPA Antonina / 188,4 mm / 169 mm

Capanema / 277,2 mm / 211,6 mm

Cambará / 146 mm / 73,2 mm

Cândido de Abreu / 198,9 mm / 182 mm

Cerro Azul / 140 mm / 107,4 mm

Cianorte / 220,8 mm / 148 mm

Curitiba / 161,6 mm / 119,4 mm

Distrito de Entre Rios, em Guarapuava / 224,7 mm / 221,4 mm

Irati / 186,4 mm / 168,8 mm

Foz do Iguaçu / 250 mm / 192 mm

Francisco Beltrão / 263,3 / 236,8 mm

Guarapuava / 223,4 mm / 219,4 mm

Jaguariaíva / 168,3 mm / 42,8 mm

Lapa / 163,3 mm / 116,4 mm

Laranjeiras do Sul / 263,3 mm / 244,4 mm

Loanda / 161,9 mm / 157,4 mm

Palmas / 255,2 mm / 180 mm

Distrito de Horizonte, em Palmas / 254,3 mm / 186,8 mm

Palotina / 179,6 mm / 120 mm

Pinhais / 151,6 mm / 106,2 mm

Ponta Grossa / 166,4 mm / 87,4 mm

São Miguel do Iguaçu / 221,6 mm / 182,6 mm

Telêmaco Borba / 164,2 mm / 158,6 mm

Toledo / 237,2 mm / 214,6 mm

União da Vitória / 218,8 / 146,2 mm

Estações meteorológicas que terminaram outubro com o volume de chuvas acima da média:

Estação / média histórica / quanto choveu

Altônia / 226 mm / 344 mm

Antonina / 224,8 mm / 315,8 mm

Apucarana / 172,7 mm / 177 mm

Campo Mourão / 229,3 mm / 232 mm

Cascavel / 238,5 mm / 277,4 mm

Cornélio Procópio / 150,1 mm / 200 mm

Fazenda Rio Grande / 157,2 mm / 171 mm

Guaíra / 192,3 mm / 252,4 mm 

Guaratuba / 220 mm / 309,8 mm

Londrina / 170 mm / 226,6 mm

Maringá / 162,3 mm / 214,4 mm

Paranaguá / 140,6 mm / 180,6 mm

Paranavaí / 150,7 mm / 183,8 mm

Pinhão / 237,8 mm / 268,6 mm

Guaraqueçaba / 214,5 mm / 235,4 mm

Santa Helena / 203,7 mm / 204,6 mm

Santo Antônio da Platina / 115,9 m / 126,4 mm

Ubiratã / 218,9 mm / 257,2 mm.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por- AEN

 Chuvas do fim de semana já bateram recorde de novembro e continuam ao longo da semana

O fim de semana foi marcado por temporais severos no Paraná, que agora demanda resposta ágil do Estado com a liberação de R$ 50 milhões para auxiliar as prefeituras na reconstrução. Em apenas dois dias, três estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) chegaram ao volume histórico de chuvas para todo o mês de novembro. As rajadas de vento superaram os 90 km/h. A previsão do tempo indica que, ao longo da semana, a chuva continuará no Estado de forma mais irregular. 

O volume de chuvas foi tão alto que, em apenas dois dias, Campo Mourão, Cianorte e Santa Helena já ultrapassaram a média histórica de acumulado de chuva para novembro. Em Campo Mourão, onde historicamente em novembro o acumulado de chuva é de 128,8 mm, já choveu 147 mm. Em Cianorte, onde no mês chove em média 100,1 mm, já choveu 127,8 mm. Já em Santa Helena, onde em novembro historicamente chove um acumulado de 152,5 mm, já choveu 210,6 mm.

As rajadas de vento também foram intensas. No domingo, Cornélio Procópio registrou rajada de 95,5 km/h às 2h, e Santo Antônio da Platina registrou 91 km/h à 0h. Houve registro de granizo em várias cidades, entre elas Mandaguari, Jandaia do Sul, Cianorte, Mandaguaçu, Entre Rios do Oeste, Planalto e Campo Mourão.

“Essas tempestades foram formadas e se desenvolveram, associadas à combinação de calor e umidade, que estavam elevados na atmosfera, e também a intensificação de uma área de baixa pressão atmosférica, entre Paraguai e Norte-Argentina, e mesmo sobre o estado do Paraná”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

A chuva continuou desde a madrugada desta segunda-feira, porém de forma irregular. Até as 10h15, o acumulado de chuva já chegou a 55,6 mm em Cândido de Abreu, 39,6 mm em Ubiratã, e 20 mm em Cianorte. 

“Ao longo da tarde, as instabilidades se intensificam, provocando precipitações localmente fortes e bem distribuídas, com destaque para as regiões Norte, Campos Gerais e Leste, onde os modelos indicam maior atividade convectiva”, explica Bianca de Ângelo, meteorologista do Simepar.

Apesar da chuva, as temperaturas permanecem elevadas, chegando perto dos 30°C no Oeste do Estado, especialmente em cidades como Altônia, Santa Helena e Foz do Iguaçu. Já no Leste, os valores são mais amenos, em torno dos 22°C.

A PARTIR DE TERÇA – Na terça-feira, as chuvas reduzem. No Oeste, o sol volta a predominar favorecendo a elevação das temperaturas, que devem ultrapassar os 30°C. No Leste, o sol aparece entre nuvens principalmente no período da tarde. Há possibilidade de chuva fraca, especialmente no Litoral.

A chuva volta com força ao Estado na quarta-feira. “A formação de um novo sistema de baixa pressão sobre o Paraguai deve provocar chuvas intensas no Oeste paranaense, que avançam em direção às demais regiões ao longo do dia, perdendo força gradualmente”, detalha Bianca. As temperaturas apresentam leve queda, mas as máximas permanecem acima dos 25°C.

Na quinta-feira, a intensidade das precipitações diminui, mas ainda são esperadas pancadas de chuva isoladas em todo o Estado, com maior concentração na região Oeste.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado destina R$ 50 milhões para fundo de calamidade e amplia apoio a municípios atingidos por temporais

O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou nesta segunda-feira (3) o repasse de R$ 50 milhões do Tesouro Estadual ao Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), medida que vai garantir apoio imediato aos municípios paranaenses atingidos pelos fortes temporais do último fim de semana.

A decisão foi definida durante reunião no Palácio Iguaçu com secretários de Estado e prefeitos das cidades afetadas, que discutiram as medidas já adotadas e as próximas ações para auxiliar as famílias afetadas. Os prefeitos relataram casas destelhadas e prédios públicos e estradas danificadas, entre outros eventos.

Segundo o governador, o foco inicial das ações será nos 38 municípios mais atingidos. Até o momento, 13 municípios já sinalizaram que enviarão ao Estado os pedidos para decretar situação de emergência, medida que permite o acesso mais rápido a recursos, além de facilitar contratações emergenciais de obras e serviços essenciais.

“Estamos destinando R$ 50 milhões para o Fecap para que o Estado possa apoiar de forma imediata as prefeituras nas ações de recuperação. Esse recurso pode ser usado, por exemplo, para a compra de óleo diesel para os maquinários municipais, limpeza de ruas, abastecimento de caminhões-pipa e reparos em estradas rurais”, afirmou Ratinho Junior. 

Criado em outubro de 2023, o Fundo Estadual para Calamidades Públicas tem a função de apoiar ações de resposta e recuperação a desastres naturais em todo o Paraná. Em maio deste ano, o governador sancionou uma lei que ampliou a abrangência do fundo, permitindo também o uso dos recursos em obras de prevenção e mitigação de riscos, além daquelas de apoio após os desastres. Desde sua criação o Estado já havia repassado R$ 61,2 milhões para 102 municípios, em diferentes situações de emergência. 

Em outra ação, a Fomento Paraná vai criar uma linha de crédito a juro zero, subsidiado pelo Estado, que vai disponibilizar até R$ 10 mil a famílias que tiveram suas casas danificadas possam fazer reparos. As empresas que foram afetadas também terão apoio do Estado por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que vai disponibilizar uma linha de crédito com juros subsidiados. O objetivo é apoiar a reconstrução de barracões, reposição de maquinário e retomada de atividades produtivas nas cidades atingidas o mais breve possível. 

Além do aporte financeiro, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) vai disponibilizar cerca de 20 máquinas e operadores para auxiliar na reconstrução de vias e pontes em diferentes regiões. A Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seil) também colocou à disposição recursos para reconstrução de pontes, bueiros e pontilhões danificados pelas chuvas.

De acordo com o balanço do DER/PR, 20 ocorrências foram registradas na malha estadual em razão dos temporais, principalmente quedas de árvores e escorregamentos de aterro. Doze já foram solucionadas por administração direta ou contratos em andamento, e oito seguem em fase de contratação para reparos, sem nenhum ponto de rodovia interditado.

"Com essa rede de apoio conseguimos atender rapidamente as nossas cidades. Estamos acompanhando a situação desde os alertas das chuvas e agora colocamos todas as equipes à disposição para recuperar prédios públicos, casas, áreas rurais e todos que foram impactados no Paraná", complementou Ratinho Junior.

APOIO À POPULAÇÃO – A Defesa Civil Estadual já iniciou, desde domingo (2), o envio de ajuda humanitária, com a distribuição de telhas, colchões, kits de higiene e limpeza, kits dormitório, lonas e cestas básicas a partir das solicitações feitas pelos municípios. O órgão também mantém estoque de 100 mil telhas para atendimento emergencial das famílias que tiveram casas danificadas.

Durante a reunião, a Defesa Civil também orientou as cidades sobre a documentação necessária para acessar recursos, com reconhecimento do estado de emergência. No site também é possível cadastrar o telefone para receber alertas de eventos extremos.

“As equipes regionais da Defesa Civil, junto com o Corpo de Bombeiros, estão desde o início das ocorrências trabalhando junto com as prefeituras para atender as demandas dos municípios. Houve muitos danos no campo, na agricultura, e também nas cidades, tanto nas casas como nos prédios públicos, como em creches, escolas e paços municipais”, explicou o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Shünig.

Ele ressaltou que, além do apoio nas cidades, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil também está enviando kits de ajuda humanitária às cidades afetadas. “No mesmo dia das ocorrências entregamos lonas às famílias que tiveram as casas destelhadas, para um atendimento emergencial, então já iniciamos no domingo o envio de telhas e kits de higiêne, limpeza e dormitório. Também podemos disponibilizar colchões para quem precisar”, explicou.Estado destina R$ 50 milhões para fundo de calamidade e amplia apoio a municípios atingidos por temporais

Reunião de emergência no Palácio Iguaçu. Foto: Felipe Henschel/AEN


SITUAÇÃO NOS MUNICÍPIOS – De acordo com o último boletim da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, mais de 32 mil pessoas foram afetadas pelos temporais. 284 pessoas estão desabrigadas – ou seja, precisaram deixar suas casas e estão em abrigos públicos – e 3.968 estão desalojadas, hospedadas temporariamente em casas de familiares ou amigos.

As chuvas atingiram praticamente todas as regiões do Estado, com maior intensidade no Norte, Noroeste e Oeste. Em alguns municípios, como Santa Helena, o acumulado de chuva chegou a 138,6 milímetros, próximo da média histórica de todo o mês de novembro.

Em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, houve registro de granizo com pedras de até 100 gramas, e em Cornélio Procópio, os ventos chegaram a 95 km/h. Rajadas acima de 50 km/h foram registradas em ao menos 15 municípios.

Em Barbosa Ferraz, no Noroeste do Estado, houve danos nas áreas rurais, com problema em pontes e estradas, mas as regiões mais afetadas foram na zona urbana. Praticamente todos os prédios públicos foram danificados, incluindo escolas e a própria prefeitura, e entre mil e 1,2 mil famílias tiveram suas casas atingidas.

Praticamente toda a cidade de Jandaia do Sul, tanto na parte urbana, como a rural, foi afetada pela forte chuva de granizo. “Já distribuímos 24 mil metros de lonas e estamos agora fazendo a limpeza da cidade. Mais de mil casas foram danificadas e as famílias estão precisando de telha, mas desde o início a Defesa Civil está colaborando com o município”, disse o prefeito Ditão Pupio.

RECUPERAÇÃO DA REDE ELÉTRICA – As equipes da Copel trabalham desde a noite de domingo (2) para restabelecer o fornecimento de energia nas regiões mais afetadas. Mais de 24 mil unidades consumidoras já tiveram o serviço normalizado nas regiões Norte, Noroeste e Oeste.

Durante o pico dos temporais, cerca de 59 mil domicílios ficaram sem energia devido à queda de torres e postes e aos danos severos na rede elétrica. Na manhã desta segunda-feira, 34,7 mil unidades ainda estavam desligadas, com 2,8 mil frentes de serviço em andamento em todo o Estado.

Os temporais derrubaram seis torres de alta tensão e causaram danos a subestações e mais de 115 postes em cidades como Alvorada do Sul, Prado Ferreira, Santa Fé e Porecatu. As equipes seguem atuando na substituição das estruturas e na reconstrução de redes destruídas por ventos e quedas de árvores. 

Usuários que ainda estejam com falta de energia podem informar o problema pelo aplicativo da companhia, site ou pelo WhatsApp (41) 3013-8973.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Polícia divulga perfis dos mortos no RJ; 17 não tinham histórico criminal

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou no fim da noite deste domingo (2) o perfil com imagens de 115 das 117 pessoas mortas na Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28/9) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. O relatório foi feito pela Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com nota distribuída à imprensa, “mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado. Apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas.”

A Polícia Civil descreve que 97 das pessoas mortas “apresentavam históricos criminais relevantes”. Entre os mortos, 59 tinham “mandados de prisão pendentes.

O comunicado oficial admite que outras 17 “não apresentaram histórico criminal”, mas segundo as investigações posteriores, “12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.”

A lista nomina as pessoas mortas como “neutralizados” e assinala que 62 desses são de outros estados: “19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 de Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.”

Doca

Relatório da Polícia diz que há no Rio de Janeiro “chefes de organizações criminosas de 11 estados da Federação, de quatro das cinco regiões do país.” O principal alvo da operação - Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, líder do Comando Vermelho (CV) – segue em liberdade após seis dias da operação policial.

Nenhuma das pessoas mortas havia sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro criou um observatório para acompanhar a apuração sobre o cumprimento da lei pelas policias Civil e Militar durante a Operação Contenção.

Moraes hoje no Rio

Brasília (DF), 21/10/2025 - Ministro Alexandre de Moraes durante sessão no STF de julgamento da Ação Penal 2694 -Núcleo 4 da trama golpista. Foto: Rosinei Coutinho/STF
Brasília (DF), 21/10/2025 - Ministro Alexandre de Moraes se reúne nesta segunda-feira com autoridades do Rio de Janeiro. Foto: Rosinei Coutinho/STF - Rosinei Coutinho/STF

O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem nesta segunda-feira (3) cinco reuniões agendadas com autoridades fluminenses e cariocas. Iniciando os encontros com o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, e seus auxiliares da Segurança Pública.

Veja a programação de reuniões do ministro:

  1. Governador do Estado do Rio de Janeiro, juntamente com o Secretário de Segurança Pública do Estado, o Comandante da Polícia Militar, o Delegado-Geral da Polícia Civil e o Diretor da Superintendência-Geral de Polícia Técnico Científica, às 11h00;
  2. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro às 13h30;
  3. Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro às 15h00
  4. Defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro às 16h30.
  5. Prefeito do Rio, Eduardo Paes às 18h.

Ontem, Alexandre de Moraes determinou a preservação "rigorosa e integral" dos elementos materiais relacionados à execução da Operação Contenção. 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Campanha alerta para riscos da diabetes à visão

Campanha de conscientização do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta para os riscos aumentados que os portadores de diabetes tem de desenvolver a retinoplastia diabética, doença que pode causar a perda parcial ou total de visão.

Segundo o CBO há estudos que indicam que 4 em cada 5 pacientes crônicos tem risco de comprometimento por retinoplastia em algum grau. A doença afeta os vasos sanguíneos da retina, alvo principal nesta campanha. 

Durando todo o mês de novembro, a mobilização promovida pela CBO começa neste sábado (1º), com uma maratona online de conscientização e o início de um calendário de mutirões de atendimentos em diversas regiões do país, voltados ao diagnóstico e ao tratamento precoces. Os mutirões, organizados por município, podem ser pesquisados pelo site da campanha.

O público também poderá acompanhar a programação ao vivo entre hoje e domingo, no canal da CBO no Youtube, e acessar conteúdos complementares no site oficial do 24 Horas pelo Diabetes, que será atualizado ao longo do mês de novembro com vídeos, podcasts e depoimentos em apoio à campanha.

A diabetes é uma das principais doenças crônicas do país, e atinge mais de 16 milhões de pessoas, cerca de 7% de nossa população. Seu acompanhamento pode ser feito nas unidades básicas de saúde, em todo o território nacional, de maneira gratuita. O Sistema Único de Saúde (SUS) também fornece materiais para medição e controle da doença, capaz de complicar a condição de pacientes para diversas outras doenças, como demências e doenças metabólicas.A própria diabetes é uma doença com risco de complicações metabólicas e circulatórias, podendo levar à morte se não for devidamente tratada.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Paraná inicia novembro com 25,5 mil vagas abertas nas Agências do Trabalhador

O Paraná inicia o mês de novembro com  25.499 vagas de emprego abertas nas Agências do Trabalhador . As principais funções disponíveis continuam ligadas à indústria e aos serviços, com destaque para alimentador de linha de produção (6.873 vagas), abatedor (1.337), magarefe (964) e auxiliar nos serviços de alimentação (909). 

No Interior, Cascavel lidera o número de oportunidades, com 6.446 vagas abertas, especialmente nas áreas de produção e abate industrial. Em seguida, aparece Campo Mourão, com 3.787 vagas, concentradas em atividades da indústria alimentícia e frigorífica, com grande demanda por alimentadores de linha de produção (1.385) e magarefes (530).

No Oeste, Foz do Iguaçu soma 2.565 vagas, com demanda concentrada em alimentadores de linha de produção (889), operadores de caixa (133) e repositores de mercadorias (127). Já a Regional de Londrina tem 2.433 vagas, voltadas principalmente para o setor industrial e de comércio, com procura por repositores (92), operadores de caixa (89) e vendedores (86).

Na região Sudoeste, Pato Branco registra 1.620 vagas, a maioria na indústria de alimentos e construção civil, enquanto Maringá (Noroeste) oferece 1.141 vagas, com destaque para a agroindústria e o setor de cultivo de árvores frutíferas.

Outras regionais também se destacam, como Umuarama (944 vagas), Guarapuava (704), Paranaguá (588), Ponta Grossa (497) e Jacarezinho (334).

A Região Metropolitana de Curitiba contabiliza 4.440 oportunidades, com destaque para funções de operador de caixa (283), auxiliar nos serviços de alimentação (227) e auxiliar de logística (218). Somente na Agência do Trabalhador de Curitiba, são 979 vagas, incluindo posições para operadores de telemarketing (130), atendentes de lojas e mercados (107) e vendedores de comércio varejista (61).

Além das vagas operacionais e industriais, a plataforma Master Job, voltada a profissionais técnicos e de nível superior, está com 54 vagas abertas e 10 oportunidades de estágio em áreas como administração, contabilidade, engenharia, direito, pedagogia e marketing. As oportunidades estão disponíveis tanto em Curitiba quanto na Região Metropolitana.

Segundo o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná, Do Carmo, os números reforçam o dinamismo do mercado de trabalho paranaense e o papel das Agências do Trabalhador como elo entre quem busca uma vaga e quem precisa contratar.

“O Paraná segue criando emprego e renda em todas as regiões. Esses números mostram que nossas políticas públicas estão chegando onde precisam: nos municípios, nas empresas e nas pessoas que buscam uma colocação. O trabalho do Governo, em parceria com o setor produtivo, tem garantido resultados sólidos e um mercado de trabalho cada vez mais forte e inclusivo”, destacou.

EMPREGO EM TODO O ESTADO – Dos 399 municípios do Paraná, 341 registraram um volume de contratações de empregados com carteira assinada acima das demissões entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso significa que mais de 85% das cidades paranaenses têm saldo positivo de empregos no ano, um reflexo direto dos mais de 121 mil postos de trabalho formais gerados no Estado em 2025. 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN