A invasão ocorreu por volta das 4 horas. Familiares velavam o corpo em um saguão de uma central de velórios, quando o homem chegou pediu para que a família se afastasse e atirou duas vezes contra o caixão. A família não soube explicar aos policiais quem seria a pessoa que atirou.
Segundo o delegado Reinaldo Nóbrega, titular da delegacia de homicídios de João Pessoa, o jovem velado era investigado pela polícia pelo crime de homicídio, mas foi baleado e morreu no hospital antes da polícia concluir a investigação. O homicídio da vítima está sendo investigado pela Polícia Civil.
Dois crimes
O autor dos disparos também pode responder por dois crimes. Ainda de acordo com o delegado o ato de atirar contra o caixão durante um velório se encaixa em dois crimes do Código Penal Brasileiro. “Há, em tese, dois crimes: o de perturbação de cerimônia funerária, que é o artigo 209, e o de vilipêndio a cadáver, que é o crime contra o sentimento aos mortos, de acordo com o artigo 212”, diz o delegado. Somando os dois crimes, a pena máxima pode chegar a até quatro anos.
Nóbrega diz ainda que os esforços da investigação serão em identificar a pessoa suspeita de atirar contra o caixão e de entender as motivações do ato criminoso durante o funeral. “Pode parecer uma conduta simples, mas todos merecem respeito, principalmente a família da vítima”