O número de admissões foi maior que as demissões, gerando um saldo positivo de 6.713 postos de trabalho. Das novas vagas, 79% foram registrados no interior.

De acordo com o relatório do Ministério do Trabalho, o Brasil perdeu 81.774 vagas de trabalho em janeiro, o que representa uma queda de 0,2% em relação a dezembro. O saldo negativo assinala que esse foi o pior resultado para o mês desde 2009. Os demais estados que elevaram o nível de emprego foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

“No Paraná, o governo estadual promove nos últimos quatro anos uma gestão municipalista, que contribui para estruturar as cidades, com diálogo com as prefeituras e o setor produtivo de todo o Estado. Com isso, há estímulo ao desenvolvimento econômico, principalmente no interior, gerando emprego e renda e melhorando a qualidade de vida dos paranaenses”, afirmou a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.

A região Sul se destacou no relatório como a que mais abriu vagas no primeiro mês do ano, totalizando 29.688 postos formais. O levantamento também apontou que das nove regiões metropolitanas analisadas, somente a de Curitiba apresenta dados positivos, com saldo de 1.445 vagas de trabalho.

SERVIÇOS E INDÚSTRIAS - No Paraná, os setores que mais criaram empregos foram os de serviços e indústria de transformação, com um saldo de 4.502 e 4.057 postos, respectivamente. A construção civil também registrou saldo positivo de 2.118 vagas, ocupando a terceira posição no ranking da abertura de vagas.

O resultado do Caged de Janeiro mostra que o Paraná mantém o ritmo de crescimento de 2014, quando foi responsável por 10,3% das vagas criadas em todo o Brasil, ocupando a quinta posição no ranking dos estados que mais criaram postos de trabalho com carteira assinada. O resultado foi 2,2 pontos porcentuais maior que o registrado em 2013.

INTERIOR – Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o desenvolvimento econômico nos municípios teve impacto direto nos resultados positivos do Caged. “A política de interiorização do atual governo faz com que o crescimento no Estado se torne mais heterogêneo e menos concentrado” explica.

ATENDIMENTO – Os dados positivos do Caged são confirmados pelos trabalhadores que procuram atendimento nas Agências do Trabalhador. No primeiro mês deste ano, período que tradicionalmente registra queda no nível de emprego, as 220 Agências do Trabalhador existentes no Paraná ofertaram 24.521 vagas. Naquele período, 7.028 trabalhadores foram inseridos no mercado de trabalho. Na manha desta segunda-feira, as Agências do Trabalhador ofereciam 10.373 vagas de emprego em todo o Estado.  (Com AEN)