Quarta, 30 Julho 2014 11:24

Pinhão - BELFRAN E ACIAP: Parceria beneficia sociedade

A parceria entre a Belfran Recicladora e a Associação Comercial e Empresarial de Pinhão (Aciap), resultou no projeto "Reciclando para Educar". Ele chega com o objetivo de beneficiar as escolas e entidades envolvidas, tendo como plano de fundo o meio ambiente.

 

Cada empresa que aderir irá adotar uma escola ou entidade. Todo o material reciclável que conseguir juntar será vendido, o valor será repassado para quem apadrinhou. 

 

A Belfran Recicladora fará a compra de todo o material. "A causa é nobre por auxiliar as entidades locais que trabalham em favor dos menos favorecidos. Temos, na verdade, duas causas. Uma sócio ambiental e a outra que vem de encontro com as escolas. Estaremos à frente de outras cidades", frisa o proprietário Belchior Costa. 

 

Quem já faz parte do projeto são as escolas municipais Água Verde, Santa Terezinha, Cecília Meireles e Professora Eroni Santos Ferreira, como também o Centro Municipal Infantil Cantinho do Céu.

 

As entidades Apae, Lar do Idoso e a Associação Pequeno Anjo, que cuida de crianças do interior com deficiência, são os novos beneficiados.De acordo com Belchior Costa, elas também necessitam de ajuda, como as escolas.

 

Cada empresa pinhãoense que aderir ao projeto escolhe a escola ou entidade que quer ajudar. Todo o material reciclável que juntar no mês será recolhido pela Belfran. Após pesado, o valor será revertido para o seu apadrinhado. "Um dinheiro que antes o empresário administrava à sua maneira, agora irá beneficiar mais pessoas, ajudando a sociedade e de uma maneira transparente. Todas as partes envolvidas saem satisfeitas. O empresário que ajuda, a escola que pode cuidar melhor do seu aluno, eu, como empresário do ramo de reciclagem e meus colaboradores, e o meio ambiente".

 

O empresário que se interessar irá receber uma visita para a apresentação do projeto. O valor arrecadado através do material reciclável pode ser repassado diretamente para a escola ou entidade ou pode ser administrado pela Aciap, como preferir. "Quem manda é o empresário. Ele resolve como será o repasse e quem quer ajudar. Mais tarde, os beneficiados prestarão contas de como gastaram o valor", explica Belchior Costa.

 

Serão confeccionados adesivos para colar nas empresas participantes. E, também, verificado se existe algum incentivo fiscal, devido o comprometimento com o meio ambiente.

 

O COMEÇO

 

Belchior Costa conta que entrou no ramo de reciclagem há dois anos e que há mais ou menos um ano precisava de demanda, então começou a analisar onde poderia reunir bastante material reciclável. "Pensei nas escolas. Fui até a Secretaria de Educação e perguntei se poderia fazer um projeto. Com a autorização, fui em cinco escolas municipais e aceitaram". Ele começou a comprar o material reciclável que os alunos traziam. O valor ajudava a pagar algumas despesas da escola, além de conscientizar sobre a reciclagem. Até hoje são promovidas gincanas, onde a sala que mais arrecadar ganha brindes.

 

Através da experiência que surtiu resultados positivos para ambos os lados, Belchior Costa resolveu fazer outro projeto que contaria com o apoio empresarial. "Cada empresário adotaria uma entidade, notei que a Apae, o Lar do Idoso e a Associação Pequeno Anjo também precisavam desse apoio. Segui até a associação empresarial e fui bem atendido pelo presidente. Logo entrei em contato com o consultor, que gostou da ideia de momento. Sentamos e fizemos o projeto".

 

AS ESCOLAS

 

Com a parceria, a Escola Municipal Cecília Meireles conseguiu comprar todas as cortinas das salas de aula. "Pode até não ser um valor mensal alto. Mas, com o dinheiro, conseguiram evitar que o sol não atrapalhasse mais as crianças durante as aulas. Semana passada fiz uma doação de brinquedos educativos. É uma parceria".

 

De acordo com a diretora da Escola Municipal Água Verde, é um dinheiro extra no final do mês que ajuda. No mês passado compraram alguns livrinhos de literatura. "Oitenta, 100 reais, dependendo do mês. Na Páscoa, Dia das Crianças, a Belfran sempre traz algo a mais para as crianças. Já deu dinheiro para completar a ida dos alunos ao cinema, doou jogos pedagógicos. Os dois lados ganham, juntamos para ele e ele sempre colabora. No momento, a turma que mais arrecadar vai para o cinema. Sempre tem algum benefício", conta Claudete Bueira de Lima.

 

MEIO AMBIENTE

 

O projeto vem de encontro com as ações que estão sendo desenvolvidas pela Comissão Municipal de Meio Ambiente de Pinhão, para que o município de Pinhão, até dia 2 de agosto, se enquadre na Lei n° 12.305 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A lei foi aprovada em 2010 e deu o prazo de quatro anos para os municípios se adaptarem.

 

Com a esperança de ecossistemas mais protegidos, a lei chega com obrigações para responsabilizar por seus atos pessoas físicas ou jurídicas, tanto de direito público como direito privado.

 

 

Hoje, o Pinhão produz de 10 a 12 toneladas/dia de lixo. O que pode ser considerado rejeito é, apenas, 10 a 15%, o restante é aproveitável. A possibilidade de reutilizar e reciclar, consequentemente, gerando emprego, renda e cidadania, é um dos focos da lei que entrará em prática. 

 

Para se enquadrar nas novas regras, uma das medidas é voltada aos resíduos domésticos. Uma campanha de educação ambiental iniciará nos próximos dias. Departamento e Comissão Municipal de Meio Ambiente de Pinhão, escolas e associações de moradores abraçam a causa para conscientizar a população pinhãoense. Divulgam e ensinam as novas regras.

 

Serão 90 dias de campanha. Passado o prazo, a residência que não separar, não terá seu lixo recolhido pelos caminhões da Prefeitura. "Cada morador terá que separar em três partes o seu lixo doméstico: rejeito, orgânico e reciclável. A residência que tiver o lixo misturado não será recolhido. Terá que se enquadrar na lei municipal", avisa Francisco Santos Oliveira, o Chico Imbuia.

 

O reciclável será coletado pelos agentes ecológicos (catadores). O rejeito e o orgânico recolhidos pela Prefeitura, que dará o destino correto. 

 

Além das residências, o setor da construção civil e indústrias também têm suas obrigações. "Cada um terá que fazer a sua parte. Todos serão obrigados a se enquadrar. O Município tem que cobrar a seleção do lixo dos seus munícipes, ao contrário, terá que se explicar à Promotoria Pública, que virá em cima cobrando do poder público", afirma.

 

Hoje, Pinhão produz em torno de 10 a 12 toneladas/dia de lixo. De acordo com Chico Imbuia, o que pode ser considerado rejeito é apenas 10 a 15%, o restante é aproveitável. A possibilidade de reutilizar e reciclar, consequentemente, gerando emprego, renda e cidadania, é um dos focos da lei que entrará em prática.

 

 

 

Com Jornal Fatos

 

 

 

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