Moradores do local alegam que indígenas invadiram as terras e ameaçam tomar outros pontos próximos a fazenda invadida. Por outro lado, indígenas alegam que mapeamentos feitos no local certificam a terra como deles.
Segundo o Dr. Almir Machado, advogado que durante 18 anos esteve à frente do caso, a situação teve fatos inesperados que acabaram alterando o andamento do processo. O principal foi o falecimento da dona das terras, a senhora Carmem Gióta. De acordo com o advogado, após a morte da fazendeira, o processo está nas mãos de outro advogado escolhido pelos herdeiros de Dona Carmem.
Ainda segundo informações repassadas pelo Dr. Machado, após o andamento do processo favorável a família de Dona Carmem, os indígenas ameaçaram invadir propriedades vizinhas. Tendo em vista esta movimentação, moradores vizinhos entraram em contato com o advogado temendo que suas propriedades também fossem invadidas. Após seu escritório ser contratado por aproximadamente 20 moradores vizinhos, Machado entrou na justiça com uma medida cautelar (interdito proibitório), o qual impede que indígenas invadam as propriedades.
Na opinião do advogado, a qualquer momento os herdeiros de Dona Carmem terão em mãos o mandado de desocupação, ocasionando na retirada dos indígenas do local.
A equipe da Rádio Educadora de Laranjeiras do Sul, entrou em contato com o representante da Funai na região Adir Carlos veloso, porém, o mesmo preferiu não se manifestar sobre o caso.
Por Raquel Gomes (Rádio Educadora)