Sábado, 28 Fevereiro 2015 18:50

Paraná poderá colher safra de 37 milhões de toneladas de grãos

O Paraná deverá colher uma produção de grãos entre 36,5 milhões de toneladas a 37 milhões de toneladas de grãos, durante as três safras plantadas no ano agrícola 2014/15.

 

Essa projeção, que aponta para um aumento em torno de 2% em relação à colheita da safra anterior, foi elaborada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, considerando as estimativas de área e produção para o trigo, que será plantado em 2015, e às estimativas de plantio da primeira e segunda safra de grãos.

 

A primeira estimativa de produção para o trigo, que será plantado este ano no Paraná, aponta para uma produção 8% maior que o ano passado, em torno de 4,1 milhões de toneladas, que pode ser a maior dos últimos tempos. No entanto, a área plantada poderá ser menor que o ano passado, em torno de 2%, indicando que o produtor paranaense continua apostando na tecnologia para elevar o rendimento das lavouras.

 

A mesma cautela do produtor que está sendo verificada no plantio de trigo também ocorre com o plantio de milho e feijão da segunda safra 2014/15, que está registrando reduções de área plantada. Mesmo assim, espera-se uma safra maior porque os índices de produtividade das lavouras estão se elevando, em função do alto nível de tecnologia adotado no Paraná.

 

A colheita da primeira safra de grãos de verão 2014/15 vem ocorrendo diariamente, contudo o ritmo é um pouco mais lento, o clima com sol pela manhã e parte da tarde não está permitindo que os trabalhos ocorram de forma rápida, mas as estimativas apontam para uma safra 6% maior. Para esse período, as previsões indicam que serão colhidas 21,9 milhões de toneladas de grãos, entre soja, milho e feijão, quase 1,3 milhão de toneladas a mais do que na safra anterior (2013/14), quando foram colhidas 20,6 milhões de toneladas, afirmou o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni.

 

SOJA - O bom desempenho dessa etapa da produção deve-se a uma reavaliação da safra de soja, que foi a maior produção da história, com um volume colhido de 16,7 milhões de toneladas. A estimativa inicial apontava para uma colheita de 17,1 milhões de toneladas, mas o volume foi reduzido por causa da falta de chuvas regulares que ocorreu no fim do ano passado. E, posteriormente, as lavouras sentiram o aumento das temperaturas registradas nesse início de ano, fatores que influenciaram na frustração das expectativas.

 

 

MILHO - O milho da primeira safra está com desempenho inferior à safra anterior, com redução de 15% na produção. A colheita no Paraná indica uma produção de 4,63 milhões de toneladas enquanto no ano anterior, no mesmo período, foram colhidas 5,44 milhões de toneladas. Segundo Simioni, há que se considerar nesse quadro que a primeira safra de milho vem apresentando uma tendência de redução há pelo menos oito anos-safras, com um ciclo de menor área plantada, menor produção e menor safra de milho. No verão, vem perdendo área para soja. Contudo, com o avanço da tecnologia e a alternativa de plantio entre janeiro/fevereiro, colheita entre junho/agosto e a comercialização entre setembro/janeiro, a concentração das vendas ocorre no período de entressafra, momento em que o mercado apresenta-se com preços mais sustentados.

 

 

SEGUNDA SAFRA DE GRÃOS - Apesar do bom desempenho da primeira safra de grãos, o produtor paranaense está mais cauteloso com o plantio da segunda safra este ano. Com o pé no freio, ensaia reduzir a área de plantio do feijão, milho e trigo em 2015. Mesmo assim, espera-se uma safra maior porque os índices de produtividade das lavouras estão se elevando, em função do elevado nível de tecnologia adotado no Paraná.

 

 

FEIJÃO - A pesquisa do Deral, relativa ao mês de fevereiro, aponta para reduções de 16% na área plantada de feijão da segunda safra e de 2% na área plantada com milho da segunda safra.

 

A segunda safra de feijão está com 85% plantada. Apesar da redução de área, a produção estimada é 13% maior, podendo passar de 401.479 toneladas colhidas no mesmo período do ano passado para 453.719 toneladas que poderão ser colhidas este ano.

 

Em relação à comercialização, o produtor está satisfeito com a manutenção dos preços em alta. O feijão de cores foi vendido em média por R$ 141,66 a saca com 60 quilos, em fevereiro, e por R$ 143,17 a saca em janeiro de 2015. E o feijão preto foi vendido em média por R$ 124,51 a saca em fevereiro e R$ 126,04 a saca em janeiro.

 

O milho da segunda safra está com 50% da área prevista plantada, principalmente nas regiões Oeste e Sudoeste. A área ocupada cai de 1,89 milhão de hectares na safra anterior (2013/14) para 1,86 milhão de hectares na atual safra (2014/15), com uma queda de 300 mil hectares. A estimativa de produção também cai de 10,36 milhões de toneladas colhidas no ano passado para 9,95 milhões de toneladas que poderão ser colhidas este ano.

 

Já os produtores de mandioca estão colhendo uma safra cheia, 12% maior em relação ao ano passado, mas estão enfrentando dificuldades no escoamento da produção. A estimativa do Deral indica que este ano devem ser colhidas 4,1 milhões de toneladas de raiz, quase 500 mil toneladas a mais que no ano passado quando foram colhidas 3,67 milhões de toneladas. (AEN)

 

 

 

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