O ato é nomeado pela categoria como "Dia de luto e de luta da educação pública do Paraná" e tradicionalmente acontece anualmente no dia 30 de agosto, como forma de lembrar quando os educadores foram reprimidos violentamente durante uma mobilização em busca de melhores condições de trabalho e salário em 1988, durante o governo Alvaro Dias. Como a data cai no sábado, a mobilização deste ano foi adiantada.
De acordo com o APP Sindicato, que representa a categoria, são esperados cerca de 5 mil professores de todo o Paraná na manifestação. A concentração será às 9h na Praça Santos Andrade, no Centrode Curitiba. Em seguida, os manifestantes farão uma passeata até o Palácio Iguaçu. Às 11h30 deve ocorrer uma reunião de negociação entre o sindicato e o governo do estado no Palácio Iguaçu.
Reivindicações
De acordo com o sindicato, a pauta de negociação conta com 50 itens, mas os principais são encaminhamento dos projetos de lei que tratam, respectivamente, do pagamento dos professores e da contagem de tempo de serviço no momento da efetivação no cargo para fins de avanço na carreira; novo modelo de atendimento à saúde; nomeação dos professores aprovados no último concurso do magistério e realização de novos concursos para professores e funcionários da educação; devolução do auxílio-transporte descontado dos trabalhadores que estavam em licença médica nos meses de março e abril de 2014; implantação das promoções em atraso desde janeiro e progressão dos funcionários e dos professores; enquadramento dos aposentados no Nível II da tabela de vencimentos; e fim do desmonte pedagógico.
Saúde
Uma das principais reivindicações da categoria é um novo modelo de atendimento à saúde dos servidores. “Nós queremos um modelo que tenha maior cobertura e esteja mais próximo do servidor”, afirma o presidente do APP Sindicato, Hermes Silva Leão. “A avaliação do SAS [atual plano de saúde da categoria] por parte dos servidores é muito negativa”, reforma Leão. Entre as principais reclamações estão a demora e a qualidade do atendimento, além da dificuldade em remarcação de consultas.
EJA
Em relação a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a categoria reivindica a possibilidade dos alunos estudarem próximos à residência ou ao trabalho. “Queremos que o estado possa repensar a oferta do EJA”, afirma o presidente do sindicato. “Queremos um modelo de atendimento que vise o direito do aluno à escola”, afirma.
Desmonte pedagógico
Neste tópico, os professores e funcionários reivindicam a garantia de direito de professores de escolas especiais, presença de pedagogos nas escolas, discussão sobre o número de alunos em sala e o número de funcionários nas escolas, além da melhoria na formação continuada de professores e funcionários. “Nós temos uma dificuldade muito grande com a socioeducação. Essa dificuldade passa pelo tema da educação especial e das salas de apoio para crianças com dificuldade de aprendizado”, afirma Leão.
Com informações, Gazeta do Povo.