Sexta, 01 Agosto 2014 11:07

70% das cidades do Paraná conseguem se livrar de lixões

Neste fim de semana termina o prazo para que os municípios tivessem resolvido a política de resíduos sólidos.

 

Termina neste fim de semana o prazo para que os municípios brasileiros acabem com os lixões a céu aberto, cumprindo a meta estabelecida em 2010 pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

 

No Paraná, muitas cidades não conseguirão cumprir com o prazo, mas ainda assim, há motivos para se comemorar. É que de 65% a 70% dos municípios do Estado cumpriram ou estão perto de conseguir cumprir com a lei, enquanto no Brasil apenas 39,5% das cidades contam com destinação adequada dos resíduos sólidos.

 

“A situação do lixo teve avanços nos últimos anos por conta da exigência da legislação. O pessoal foi se mexendo e resolvendo, mas uma grande parcela dos municípios paranaenses ainda não conseguiu acabar com os lixões”, afirma o prefeito de Pinhais e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec).

 

Em 2011, uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) apontou que os lixões estavam presentes em  45% das cidades paranaenses. Dois anos depois, um levantamento feito pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apontou que eram apenas 23,33% dos municípios que ainda utilizavam lixões a céu aberto para depositar os resíduos, ou seja, 93 dos 399 municípios do Estado. O estudo do IAP ainda diagnosticou que a maior parte das cidades que ainda depositam seus resíduos em áreas inadequadas são pequenas, em geral com menos de 20 mil habitantes.

 

Para resolver o problema, muitos se consorciam e/ou encaminham os dejetos para aterros controlados, que não são os locais mais adequados, mas são melhores que o lixão.

 

“Normalmente, os municípios que ainda tem lixões são de pequeno porte e encontram dificuldades para se consorciar. Eles não têm condições de contratar um engenheiro ambiental, um arquiteto e um biólogo para cuidar da situação do lixo. Então, para conseguir isso, eles se consorciam para cuidar da gestão compartilhada. O problema maior, portanto, é a falta de capacidade operacional dos pequenos municípios, que inviabiliza resolver 100% do passivo”, aponta Carlos Garcez, coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

 

Luizão Goulart aponta ainda a escassez de dinheiro disponível para os municípios e a pobreza da própria população de algumas cidades como outra dificuldade a ser superada para se extinguir definitivamente os lixões. “A maior dificuldade é o preço. Fica muito caro transportar e depositar o lixo. Além disso, um aterro sanitário demanda tecnologia, um gasto a mais para cumprir a destinação dos resíduos. Não temos quase nada de apoio para conseguir recurso, estamos nos virando por nossa conta. Alguns prefeitos, porém, tem dificuldade para cobrar a população que é mais pobre. Em Pinhais, custa R$ 6 milhões por ano cuidar do lixo e temos que cobrar isso da população. Para alguns municípios, a situação é mais difícil”, diz.

 

 

 

 

Com informações, Bem Paraná.

 

 

 

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