Sexta, 14 Novembro 2014 15:00

11 hábitos que podem evitar um AVC

Abandonar de vez o cigarro é uma das medidas mais importantes, além de manter uma vida saudável com boa alimentação e exercícios.

 

O cérebro controla tudo o que o corpo faz – não só os movimentos, mas também a forma de uma pessoa pensar, se comunicar, sentir.

 

Um AVC (acidente vascular cerebral) acontece justamente quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido, fazendo com que as células cerebrais fiquem danificadas e impossibilitadas de cumprir suas funções.

 

Um exemplo simples: se um AVC danificar a parte do cérebro que controla o movimento dos membros, a pessoa ficará com essa função afetada. Mas ele pode ainda, em outro caso, afetar a fala etc.

 

Gisele Sampaio, neurologista do Hospital Albert Einstein, destaca que existem dois tipos de AVC: o acidente vascular cerebral isquêmico e o acidente vascular cerebral hemorrágico. O isquêmico acontece quando um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro. O hemorrágico ocorre quando há ruptura de uma artéria intracraniana.

 

Um AVC costuma ser uma experiência muito ruim, tanto para o paciente como para a família ou pessoas que convivem com ele.

 

Gisele explica que após o AVC, pacientes podem apresentar complicações como infecções, trombose em membros inferiores e escaras (tipo especial de lesões da pele, de extensão e profundidade variáveis). “Mas, todas essas complicações podem ser evitadas com um bom cuidado médico e de uma equipe multiprofissional”, destaca.

 

Um AVC pode ser evitado?

 

Algumas pessoas, infelizmente, estão mais propensas a sofrer AVC devido a fatores que não podem ser alterados:

 

    Idade: as pessoas mais velhas estão mais vulneráveis ao AVC;

    Histórico familiar: a pessoa corre mais riscos se alguém da família já sofreu um AVC;

    Sexo: os homens com menos de 75 anos sofrem mais AVC do que as mulheres (com menos de 75 anos).

 

Mas, vale destacar, o AVC não é inevitável. Existem, sim, medidas simples que podem ajudar a reduzir os riscos. Elas se resumem, basicamente, em adotar uma alimentação e hábitos de vida mais saudáveis.

 

 

11 passos que você deve seguir para evitar um AVC

 

1. Não fume. O fumo duplica o risco de ter AVC e, por isso, abandonar de vez o cigarro é uma das medidas mais importantes para quem quer evitá-lo.

 

2. Evite o consumo de álcool. Tomar um copo de cerveja ou de vinho, por exemplo, socialmente, não é um problema, mas beber muito eleva a pressão arterial, o que pode ser extremamente perigoso.

 

3. Coma vegetais e frutas. Uma alimentação saudável, que inclua vegetais e frutas, é fundamental para a saúde do coração e da corrente sanguínea. A recomendação geral é comer pelo menos cinco porções de frutas e vegetais por dia (mas o ideal é seguir as orientações do seu nutricionista).

 

4. Evite as carnes com muita gordura. Substitua, sempre que possível, as carnes vermelhas (que na maioria dos casos tem muita gordura saturada) por peixes, aves (sem pele) ou pratos vegetarianos.

 

5. Reduza o consumo de sal. Não acrescente muito sal a saladas e comida em geral e evite alimentos processados, pois o sal eleva a pressão sanguínea.

 

6. Aumente o consumo de fibras. Presentes nos cereais integrais, aveia, arroz e pães integrais etc., as fibras ajudam a controlar os níveis de gordura no sangue.

 

7. Não exagere na quantidade de gordura ingerida. Procure seguir uma alimentação balanceada, que contenha somente o mínimo necessário de gordura, para evitar entupir as artérias e aumentar excessivamente seu peso.

 

8. Controle seu peso. Siga uma alimentação saudável, se necessário, com o acompanhamento de um nutricionista, para se manter no seu peso ideal. O sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para pressão arterial alta, doença coronária e diabetes – que aumentam o risco de AVC.

 

9. Exercite-se. A prática de atividades físicas frequente te ajuda a controlar o peso, a baixar a pressão arterial, cria um equilíbrio saudável das gorduras do sangue e oferece muitos outros benefícios.

 

10. Visite seu médico com frequência. De acordo com a neurologista Gisele, tratar hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia; conhecer a presença de fatores de risco, como estreitamento das artérias cervicais e arritmias como a fibrilação atrial (batimento irregular do coração) e tratá-los adequadamente são atitudes que ajudam a reduzir o risco de AVC.

 

11. Tente evitar o estresse. Nem sempre é fácil, mas é importante evitar situações que te deixem nervosa, triste. O estresse e a depressão, se não tratados, podem provocar problemas de saúde a longo prazo. Procure estar entre sua família e pessoas que são, de fato, importantes para você e te fazem bem.

 

 

Os principais sinais do AVC

 

A neurologista Gisele destaca quais são os sintomas do acidente vascular cerebral:

 

    Paralisia de um lado do corpo;

    Perda de sensibilidade de um lado do corpo;

    Perda de visão súbita (em um campo visual);

    Visão dupla;

    Dificuldade súbita para falar ou compreender a linguagem;

    Cefaleia intensa.

 

“Diante desses sinais, é preciso procurar rapidamente um serviço médico capacitado em atender pacientes com doenças neurológicas agudas”, finaliza Gisele.

 

Então, lembre-se: hábitos simples – como melhorar sua alimentação, se exercitar, evitar o álcool e o cigarro, etc. – fazem toda a diferença e podem prevenir um AVC. Cuide-se sempre!

 

 

 

 

Por Tais Romanelli (Dicas de Mulher)

 

 

 

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